Governo e sindicatos da função pública voltam hoje a reunir-se
OE2020
11 de dez. de 2019, 11:11
— Lusa/AO Online
Na reunião realizada na segunda-feira entre a
equipa do Ministério da Modernização do Estado e da Administração
Pública e as três estruturas sindicais, os governantes apresentaram uma
proposta de articulado com várias matérias, mas os sindicatos esperavam
um valor para a atualização dos salários, o que não aconteceu.A
Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) reivindica
aumentos de 3,5% em 2020, enquanto o Sindicato dos Quadros Técnicos do
Estado (STE) exige uma atualização de 3% e a Frente Comum 90 euros para
todos os trabalhadores.No Programa do
Governo, o executivo afirma que o aumento salarial "decorrerá, nos
primeiros anos, em grande medida, do impacto das medidas de
descongelamento das carreiras, que será particularmente elevado até
2020, do efeito extraordinário da reposição do tempo nalgumas carreiras
até 2021 e do aumento do emprego público que se tem verificado nos
últimos anos, mas inclui também uma margem para aumentos dos salários,
que poderão ser mais expressivos a partir de 2021”.O
Governo tem argumentado que as medidas já adotadas implicam um aumento
da massa salarial de 3% em 2020 e um incremento médio de 2,9% por
trabalhador. No documento apresentado na
segunda-feira, o Governo indica que em 2020 vai avançar com um programa
plurianual para a função pública, para executar ao longo da legislatura,
que contempla várias matérias, entre as quais a redução do absentismo e
a efetivação da pré-reforma, bem como alterações ao sistema de
avaliação de desempenho (SIADAP). O
Governo compromete-se ainda a elaborar e a divulgar "uma previsão
plurianual das entradas e saídas de trabalhadores" da administração
pública, que será feita com base no Sistema de Organização da Informação
do Estado, e irá programar "as medidas necessárias ao suprimento das
necessidades identificadas".De acordo com a
proposta, os serviços deverão ainda inscrever nos seus Quadros de
Avaliação e Responsabilização (QUAR) uma avaliação pelos cidadãos nos
serviços que tenham atendimento ao público “com ponderação não inferior a
50%”. Já no âmbito do Programa
Extraordinário de Regularização dos Vínculos Precários (PREVPAP), o
executivo garante que vai concluir o programa em 2020 e que será criado
um grupo de trabalho com áreas setoriais “sobre o uso de mecanismos de
contratação ao dispor dos empregadores públicos, no sentido de emitir
diretrizes e orientações que potenciem respostas a necessidades
permanentes através de vínculo adequado”.