Governo e parceiros sociais começam hoje a discutir aumento do salário mínimo
13 de nov. de 2018, 07:01
— Lusa/AO Online
Na reunião,
marcada para as 15h30 (menos uma nos Açores) no Conselho Económico e Social (CES) em Lisboa, o
ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva,
irá ainda apresentar o décimo relatório de acompanhamento do acordo
sobre a retribuição mínima. Segundo
o último relatório, em março havia 764,2 mil trabalhadores a receberem o
salário mínimo (580 euros), um aumento de 4,2% face ao mesmo período do
ano anterior. Pela primeira vez, não se verificou um aumento da
percentagem de trabalhadores abrangidos, que se manteve em 22,9% em
março. Para o próximo ano, a UGT exige um aumento de 6% do salário mínimo para 615 euros, enquanto a CGTP insiste em 650 euros. Do
lado das confederações patronais, o presidente da CIP - Confederação
Empresarial de Portugal, António Saraiva, admitiu, em junho, vir a
propor um valor de salário mínimo superior a 600 euros, remetendo a
discussão para o último trimestre do ano. “Iremos,
nós, confederações patronais, surpreender a sociedade portuguesa na
próxima discussão do salário mínimo, porque provavelmente teremos
algumas surpresas daquilo que é o entendimento do valor do salário
mínimo e daquilo que desejamos que venha a ser o salário mínimo”, disse
António Saraiva, em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios.O
Governo tem manifestado abertura para acolher propostas de atualização
dos parceiros, sublinhando porém que o único compromisso assumido é de
que o valor chegará aos 600 euros em 2019, tal como está expresso no
programa do executivo.