Governo e Liga satisfeitos com lotação total dos estádios
1 de out. de 2021, 10:51
— Lusa/AO Online
João
Paulo Rebelo, que falou à imprensa à margem da apresentação do livro 'O
futebol explicado no relvado', da autoria do antigo árbitro
internacional português Duarte Gomes, reconheceu que esta decisão surge
na sequência de uma abertura progressiva dos mesmos.“É
uma enorme alegria por ser um reconhecimento do trabalho de todos nós
portugueses que combatemos, com sucesso, esta pandemia. É o corolário
lógico do que foi o processo de redução da lotação dos estádios, até
mesmo da fase sem público, para progressivamente termos vindo a
acrescentar público e agora com 100% da lotação. O que não quer dizer
que deixemos de ter um comportamento responsável, nomeadamente no uso de
máscaras, que vai continuar a ser obrigatório, para além do certificado
de vacinação”, afirmou.Pedro Proença,
presente também no lançamento da obra do antigo companheiro, relembrou o
período de “travessia no deserto”, destacando os “mais de 200 milhões
de euros de resultados operacionais negativos que penderam sobre as
sociedades desportivas no último trimestre”.“Era
um dia que ansiávamos com grande expectativa. O trabalho que fizemos no
último ano foi de uma grande pressão para que pudéssemos voltar à
normalidade. Ainda não é na plenitude, porque há uma tipologia de
restrição, mas estamos muitíssimo satisfeitos. Foi para isso que
lutámos, com a própria Direção-Geral da Saúde, conseguimos chegar a um
protocolo de retoma muitíssimo interessante. Na próxima semana, vamos
voltar a ter os estádios cheios, que era esse o nosso objetivo. Esta
indústria precisa de voltar à sua normalidade”, disse.Os
recintos desportivos vão deixar de ter restrições de lotação, de acordo
com a norma da DGS hoje atualizada, que mantém a obrigatoriedade de
certificado de vacinação contra a Covid-19 e do uso de máscara.“A
ocupação dos lugares sentados pode ser em conformidade com a capacidade
total licenciada do recinto”, lê-se na orientação sobre eventos
desportivos em ambiente fechado e em ambiente aberto divulgado hoje
pelas autoridades de saúde.Depois de as
competições terem sido retomadas sem público, os recintos desportivos
passaram a poder acolher um terço da capacidade em 14 de junho e metade
em 26 de agosto – data da última atualização da orientação da DGS
009/2021.Já em relação ao cartão de
adepto, João Paulo Rebelo apontou o dedo aos críticos, salientando que é
precisamente para combater comportamentos marginais nos recintos
desportivos que este foi criado.“Todas as
observações negativas e destrutivas em relação ao cartão do adepto vêm
de uma minoria que não lhes interessa esta implementação porque o cartão
está, justamente, a combater esse tipo de comportamento no desporto. A
maioria dos portugueses concorda com a medida, porque sabe que visa
combater os tais fatores criminosos, para erradicar os maus
comportamentos, para afastar as pessoas que não têm de lá estar. Tenho a
certeza absoluta que daqui umas semanas não falaremos disso”, garantiu,
admitindo a possibilidade de alguns ajustes nos critérios do cartão.