Autor: Lusa/AO Online
“Nós temos previsto no PRR - Plano de Recuperação e Resiliência, 29 milhões de euros para a área da formação, mas em concreto 9,8 milhões para formações pós-secundário, pós-graduações para ativos, empregados e desempregados, e que podem ser respondidas, prioritariamente, pela Universidade dos Açores”, declarou o secretário regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego.
Duarte Freitas reuniu, na academia açoriana, com o reitor da instituição, para apresentar esta iniciativa e acertar os seus traços gerais.
O governante referiu que se pretende desenvolver um “trabalho estreito com a Universidade [dos Açores]”, tendo ficado combinado haver “essa relação próxima para que, a partir de setembro", já se possa ter os cursos a decorrer.
O titular da pasta da Qualificação estimou que cerca de 300 alunos por ano possam beneficiar de apoios para formações especificas, visando “tentar qualificar e requalificar ativos que respondam de forma mais correta àquilo que são as emanações do mercado, que se tem a expectativa que possa começar a reagir positivamente, a breve trecho”.
Duarte Freitas disse que as formações especificas vão ser definidas em colaboração com as entidades da sociedade civil, sendo que o trabalho que vai ser agora desenvolvido entre a Direção Regional da Qualificação profissional e a Universidade dos Açores vai ser “levado ao Conselho Económico e Social dos Açores [CESSA] para obter contributos e, assim, estar-se mais próximo daquilo que são as necessidades do mercado”.
O secretário regional sublinhou que “gostaria que fosse, de forma privilegiada, a Universidade dos Açores a beneficiar” dos 9,8 milhões de euros previstos no PRR, mas sublinhou que “não se pode obrigar as pessoas a fazerem a formação na academia açoriana”.
Questionado se esta não será também uma forma indireta de contribuir para atenuar as dificuldades financeiras da academia açoriana, Duarte Freitas considerou que “não é esse o objetivo”, que passa por “chamar a Universidade dos Açores como parceiro privilegiado para contribuir para a qualificação dos açorianos”.
Contudo, acrescentou, “se para além disso contribuir para uma melhor solvabilidade da Universidade, tanto melhor”.