Governo dos Açores vai compensar alunos do Corvo sem refeições
20 de out. de 2017, 17:12
— LUSA/AO online
“Vamos tomar uma iniciativa, no âmbito da
aprovação da lei do Orçamento, através da qual passaremos a compensar
todos os alunos que não dispuserem nas suas escolas de refeitório para
fornecimento de refeições, atribuindo aos alunos uma compensação
financeira individual e diária, através da unidade orgânica do sistema
educativo regional”, declarou Avelino Meneses.O titular da pasta
da Educação, que falava aos jornalistas na sequência da reunião que
manteve hoje, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, com o Sindicato
dos Professores da Região Açores (SPRA), referiu que essa compensação
financeira terá por limite o custo das refeições previsto na lei, que é
de 50% do subsídio de refeição da função pública, ou seja, 2,39 euros.O
deputado do PPM/Açores Paulo Estevão lamentou, a 10 de outubro, que os
alunos do Corvo continuem sem refeições escolares devido à postura
“discriminatória” do secretário Regional da Educação e Cultura.“Os
alunos da ilha do Corvo são os únicos da região a quem não são
ministradas refeições escolares devido à postura abertamente
discriminatória – e odiosa – do secretário Regional da Educação e
Cultura”, declarou Paulo Estevão, em conferência de imprensa realizada
em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.Avelino Menezes admitiu,
por outro lado, na sequência dos temas debatidos com o sindicato, a
possibilidade de, no âmbito da aprovação da lei do Orçamento dos Açores,
estabelecer a paridade salarial dos professores da região com os
colegas do país.“Os professores, no seu primeiro ano de
atividade, são remunerados pelo índice 151 e nas restantes parcelas do
país pelo índice 167. Logo que possível, mas certamente com rapidez,
eventualmente no âmbito da aprovação da próxima lei do Orçamento dos
Açores, estabeleceremos a paridade salarial”, declarou Avelino Meneses.Outro
dos assuntos debatidos com o SPRA foi a questão das carreiras dos
docentes, tendo afirmado que, "se os sindicatos demonstrarem que foram
vítimas de uma ilegalidade, a legalidade será reposta”, mas se “se
pretender, em vez disso, reparar uma pretensa justiça, nesse capítulo
teremos que ser, naturalmente, mais cautelosos”, afirmou.O líder
do SPRA declarou, por seu turno, à agência Lusa que “houve bom
atendimento” por parte da secretaria regional da Educação e Cultura
sobre a paridade salarial.Em relação às normas transitórias em
vigor, desde 2007, nos Açores, que estavam a “gerar injustiças”, António
Lucas afirmou que partes foram corrigidas no caso dos professores
bacharéis por via do Orçamento regional, mas pretende-se, também, que
docentes licenciados sejam “reposicionadas na carreira”.