Governo dos Açores revê evacuações médicas e prevenções de profissionais de saúde

26 de out. de 2022, 14:12 — Lusa/AO Online

“O serviço de evacuação nos Açores é do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira. Tem tido um trabalho inestimável ao longo dos anos, mas é preciso reforçar, valorizar e atualizar todas as regras e dimensionar para aquilo que são as necessidades dos açorianos, para que uma realidade que muitas vezes é penosa, que tem a ver com a doença na distância dos cuidados de saúde, tenha uma resposta mais rápida, mais eficaz e mais capacitada”, afirmou o titular da pasta da Saúde nos Açores, Clélio Meneses.O governante do executivo da coligação PSD/CDS-PP/PPM falava à margem de uma reunião com o novo presidente do conselho de administração do hospital da ilha Terceira, Pedro Marques, que tomou posse a 22 de setembro.Nos Açores, há apenas três ilhas com hospital (Terceira, Faial e São Miguel), havendo necessidade de transportar utentes de urgência das restantes seis.O transporte dos doentes é assegurado pela Força Aérea, que já anunciou a criação de uma segunda tripulação, na base aérea número 4, na ilha Terceira, até ao final de 2022.O Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira também já tinha criado uma segunda equipa de profissionais de saúde, para assegurar estas evacuações médicas, mas é preciso consolidá-la e dotar a unidade de mais meios, segundo Clélio Meneses.“Foi criada uma segunda equipa. É necessário regular e consolidar juridicamente todas estas questões e sobretudo dotar dos meios adequados para que as evacuações sejam feitas em tempo útil e de forma eficaz”, avançou.Questionado sobre a possibilidade de um reforço de meios humanos para esta unidade, o governante disse que “eventualmente” será necessária.“Conseguiu-se, transitoriamente, um sistema que funcionou durante este ano de uma segunda equipa, que tem tido bons resultados. É isso que é preciso consolidar”, apontou.O secretário regional da Saúde revelou ainda que está a ser revisto o diploma que regula as prevenções e presenças físicas dos profissionais de saúde.“O diploma que existe neste momento é de 1997. Nunca houve qualquer atualização. Estamos a trabalhar para fazer essa atualização às reais necessidades deste tempo”, adiantou.Clélio Meneses não avançou com um prazo para a conclusão da revisão dos diplomas, mas disse que o executivo estava “a trabalhar na consolidação jurídica de todas estas matérias” e que pretende apresentar um decreto legislativo regional único, que concentre vários diplomas existentes atualmente.