Governo dos Açores revê contratos devido a atraso de verba da República
17 de nov. de 2023, 18:12
— Lusa
Em comunicado após a
reunião do Conselho do Governo, refere-se que as alterações aos
contratos-programa celebrados entre a região e a Portos dos Açores, S.A.
contemplam a “reparação do molhe do porto das Lajes do Pico, reparação
do molhe de proteção, do muro cortina e das infraestruturas do porto
comercial de Ponta Delgada e reparação dos mantos proteção da cabeça e
do molhe”.As alterações contemplam ainda
“a repavimentação da plataforma do cais e reabilitação das
infraestruturas do porto comercial de Vila do Porto”.“Tal
decorre do atraso na comparticipação, por parte do Governo da
República, das despesas com a realização das empreitadas nos portos das
Lajes do Pico, do porto comercial de Ponta Delgada e do porto comercial
de Vila do Porto, no âmbito dos prejuízos decorrentes do furacão
Lorenzo, bem como da necessidade de reforçar a comparticipação
financeira da região na obra do porto das Lajes do Pico, em virtude da
passagem da depressão Efrain”, refere o Conselho do Governo.O
reforço da comparticipação financeira da responsabilidade da região
totaliza os 9,4 milhões de euros, a transferir para a Portos dos Açores,
S.A. entre 2024 e 2026.Ainda com a Portos
dos Açores, o Conselho do Governo resolveu alterar o contrato-programa
que visa “regular a promoção da obra de construção de um novo edifício
de apoio à Marina Norte, no âmbito da requalificação da frente mar da
cidade da Horta”.O prazo de execução da obra é prorrogado de 2024 para 2026, sendo aumentado o valor em 1,5 milhões de euros.O
Conselho do Governo deliberou também transferir, nos anos de 2024 a
2029, 28,8 milhões de euros relativos à obra de construção do novo porto
das Lajes das Flores, no âmbito de um contrato-programa com a Portos
dos Açores.Foi ainda revista a decisão de
autorização da despesa da empreitada de beneficiação, requalificação e
ampliação do Hospital da Horta, na ilha do Faial.O
Conselho do Governo especifica que “foram apresentadas duas propostas,
ambas excluídas por ultrapassarem o preço base, que era de 6,5 milhões
de euros”, mas “é legalmente possível até 31 de dezembro de 2023 haver
adjudicação acima do preço base”.Assim,
foi autorizada a adjudicação da proposta por 7,6 milhões de euros,
“correspondente a mais 18,07% do que o preço base, isto é, mais 1,1
milhões de despesa, a que acresce IVA”.O
Conselho do Governo viabilizou a execução da empreitada de construção do
Matadouro de São Jorge, no valor total de 8 milhões de euros, tendo a
obra um prazo de execução de 18 meses.O
executivo açoriano autorizou também a transferência para o Instituto de
Financiamento da Agricultura e Pescas de 1,3 milhões de euros,
correspondente ao financiamento da região “no âmbito da medida de apoio à
compra de sementes de milho e sorgo, para a produção de forragem ou
milho grão, nos Açores”.