Governo dos Açores remete revisão de carreiras na rede apoio ao cidadão para parlamento
30 de mai. de 2019, 10:23
— Lusa/AO Online
Sérgio
Ávila foi ouvido esta manhã na delegação da Assembleia Legislativa da
Região Autónoma dos Açores em Ponta Delgada, pela comissão de Política
Geral, a propósito do projeto de resolução apresentado pelo grupo
parlamentar do PSD, que pretende a “dignificação e valorização
profissional dos assistentes técnicos da RIAC”.O
vice-presidente do Governo Regional reiterou a posição do executivo de
que esta é uma proposta que cria desigualdades entre os trabalhadores da
RIAC e os outros “milhares de assistentes técnicos da região”, mas
salientou que esta é uma matéria que é da competência da Assembleia
Legislativa Regional e que pode ser apresentada por qualquer partido
representado no parlamento açoriano.O
governante frisou que não há fundamento legal para a criação de uma
carreira especial para os trabalhadores da rede, já que é necessário que
sejam cumpridas, cumulativamente, três condições, sendo uma delas a
“aprovação em curso de formação específica, de duração não inferior a
seis meses, ou de ter certo grau académico ou título académico para
integrar a carreira”, o que não se verifica.Os
proponentes, a bancada social-democrata, não defendem a criação de uma
carreira específica para os assistentes técnicos da RIAC, como exige o
SINTAP (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e Entidades
com Fins Públicos), mas pedem ao executivo que inicie um processo
negocial com os trabalhadores e entidades que os representam.Em
sede de comissão, o deputado do PSD Bruno Belo destacou a elevada
responsabilidade dos assistentes técnicos da rede e apontou falta de
equiparação e igualdade em relação a outros trabalhadores da
administração pública, por poderem ser transferidos para outro local sem
que lhes seja atribuído subsídio de deslocação.O
governante respondeu, garantindo que a lei é clara e é aplicada a todos
os assistentes técnicos da região em “igualdade de circunstâncias” e
acrescentou que a RIAC serve como “intermediário” entre várias entidades
da administração pública, mas não presta os serviços de todas as
entidades que representa, já que os processos são reencaminhados para
quem tem competência na matéria.A RIAC
abriu o primeiro espaço em 2004 e conta, atualmente, com 54 lojas nas
nove ilhas dos Açores, que permitem fazer documentos de identificação
pessoal ou do carro e aceder a serviços da Segurança Social, de saúde ou
relacionados com o pagamento de contas de serviços públicos, entre
outros.A rede integra cerca de 100
colaboradores, que prestam cerca de 800 serviços, em representação de 65
entidades que compõem a administração pública na região.Os
trabalhadores da rede são classificados como assistentes técnicos e
ocupam o fundo da tabela remuneratória única, auferindo um salário de
683,13 euros mensais.