Governo dos Açores reitera ilegalidade de encaminhamentos aéreos gratuitos para não residentes
6 de abr. de 2022, 16:32
— Lusa/AO Online
No
portal oficial, o executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM refere que a
Direção-Geral para a Mobilidade e Transportes (DGMOVE) da Comissão
Europeia sinalizou “a ilegalidade de atribuição de compensações
financeiras para redução de preços de viagens aéreas interilhas para não
residentes, o que inviabiliza de todo este tipo de encaminhamentos”.Citado
no comunicado do Governo, o secretário regional dos Transportes,
Turismo e Energia, Mário Mota Borges, destaca que a informação da
Comissão Europeia “corrobora, de forma categórica, a interpretação legal
que o atual Governo dos Açores adotou na revisão das OSP e que tem
sustentado a sua atuação”.A
resposta da DGMOVE surgiu a propósito de questões do Governo Regional
para “clarificar a interpretação” sobre “conformidade, com as
disposições legais da União Europeia”, dos encaminhamentos aéreos
gratuitos para não residentes, cancelados pelo Governo.Na
resposta da DGMOVE, transcrita em inglês no comunicado, aquela entidade
diz não ser possível, “no atual quadro legal, compensar uma companhia
aérea pela operação interilhas tendo em vista uma redução de preços para
não residentes”.“Em
articulação com a DGMOVE, o Governo dos Açores está já a desenvolver
uma eventual solução que permita tornar mais competitivas e atrativas as
ligações a ilhas sem ‘gateway’, dentro do enquadramento regulamentar da
União Europeia”, adianta o executivo.De
acordo com o Governo, perspetiva-se “a necessidade de um apurado
trabalho de enquadramento legal e dos respetivos procedimentos ao abrigo
das disposições legais em vigor”.Mário
Mota Borges manifestou “preocupações com o que aconteceu no passado e
possa trazer consequências indesejáveis para a região no futuro”.Para
o executivo, “é inequívoco que, neste assunto em concreto, a Secretaria
Regional dos Transportes, Turismo e Energia, através da Direção
Regional dos Transportes Aéreos e Marítimos, tem primado, acima de tudo,
pela defesa diligente dos interesses da Região Autónoma”.Isto,
“com uma postura de reposição da legalidade, da transparência e da
correta alocação de recursos públicos”, acrescenta o comunicado.“Com
este esclarecimento, o Governo Regional dos Açores lamenta
profundamente as várias e reiteradas intervenções públicas sobre este
tema produzidas por personalidades com responsabilidades políticas e até
da área governativa no passado recente”, refere.Para
o executivo, “a falta de credibilidade dessas intervenções fica
claramente exposta, uma vez que, sem qualquer fundamento legal ou
cuidado técnico, defenderam infrações à lei e a desautorização clara das
regras da União neste domínio”.