Governo dos Açores redireciona apoios a empresas para contratação estável
22 de nov. de 2017, 15:16
— Lusa/AO Online
“Agora,
em que a retoma, de acordo com todos os indicadores, é consolidada, em
que houve um aumento de 13.500 açorianos empregados, só nos últimos três
anos, em que a taxa de desemprego reduziu para menos de metade, em que o
número de açorianos empregados é o mais elevado dos últimos nove anos,
temos de reorientar os apoios que damos à contratação”, adiantou o
vice-presidente do executivo açoriano, Sérgio Ávila, em conferência de
imprensa, em Angra do Heroísmo.Segundo
o governante, foi necessário criar programas de apoio à criação de
emprego, sem ter em conta a sua duração, numa fase em que a taxa de
desemprego atingia os 18% e “o clima de confiança das empresas” era
menor, mas neste momento é preciso criar estímulos para que o emprego
seja “mais duradouro, mais estável e com maior rendimento”.Nesse
sentido, o Conselho de Governo, reunido na passada segunda-feira, em
Angra do Heroísmo, aprovou um conjunto de 13 medidas de criação de novos
programas ou reformulação dos existentes, com vista a uma reorientação
dos apoios destinados às empresas.Entre
outras medidas, são criados programas para incentivar a contratação
duradoura, como o Programa de Estabilidade Laboral Permanente (ELP), que
prevê a atribuição de um montante de 12.000 euros, de forma faseada, a
cada empresa que crie um novo posto de trabalho, com um contrato sem
termo, destinado a jovens que tenham concluído estágios profissionais e a
desempregados inscritos nos centros de emprego há mais de 60 dias. A
reconversão de contratos a prazo ao abrigo de programas ocupacionais
(INTEGRA, PIIE e FILS) é apoiada com um montante correspondente a 80% do
valor concedido no início desses programas. Estão
previstos também apoios para a integração laboral de beneficiários de
programas socioprofissionais; a comparticipação de 45% de custos
salariais com novos postos de trabalho criados pelo período mínimo de
três anos, em novos projetos de investimento; o alargamento para 120 do
número mínimo exigido de postos de trabalho para apoio de 45% a fundo
perdido de investimentos superiores a 15 milhões de euros; e a criação
de estágios para desempregados que tenham concluído o programa de
formação Reativar.Por
outro lado, o executivo açoriano vai alterar o subsistema de incentivos
para a internacionalização, passando a comparticipar as despesas de
transporte até ao destino final dos produtos exportados para fora do
país e alargando estes apoios ao setor das conservas e do peixe vivo.O
Governo Regional vai criar ainda um apoio às empresas para utilização
de tecnologias digitais, apoios a novas empresas para a elaboração de
planos de negócios e acompanhamento técnico no primeiro ano de atividade
e uma Rede Açoriana de Mentores. Segundo
Sérgio Ávila, algumas destas medidas serão financiadas inteiramente
pelo orçamento regional, mas outras poderão aceder a fundos
comunitários.