Governo dos Açores recusa haver racionamento de combustível no Corvo
29 de abr. de 2020, 13:10
— Lusa/AO Online
Na terça-feira, o PPM
alertou para o que diz ser uma situação de "racionamento de
combustível" que começou a ser implementada na ilha do Corvo, devido ao
"abastecimento irregular" da mais pequena ilha dos Açores, que se
"arrasta desde o furação Lorenzo", em outubro.Segundo
Paulo Estêvão, deputado monárquico eleito pelo Corvo, "as reservas,
nomeadamente as do Fundo Regional de Abastecimento, encontram-se em
valores mínimos (por isso é que a sua distribuição foi racionada). Ora,
esta situação é absolutamente incompreensível até pelo que se está a
passar no mercado internacional de distribuição de combustível. A ilha
do Corvo deve ser o único local do mundo em que falta combustível neste
momento", aponta o deputado.Em nota
divulgada hoje, o executivo regional informa que está, "através do Fundo
Regional de Apoio à Coesão e ao Desenvolvimento Económico (FRACDE), a
acompanhar os níveis de combustível atuais no mercado local", garantindo
que "a ilha do Corvo dispõe, à data, de combustível para assegurar o
quotidiano dos seus habitantes dentro da normalidade no decurso desta
semana". Segundo o Governo Regional, do
PS, existe no Corvo "desde há 15 anos" uma reserva de combustível de "22
mil litros de gasóleo", implementada por parte do FRACDE, e que
assegura disponibilidade "nos momentos em que o abastecimento marítimo
não é possível"."Esta infraestrutura tem
permitido, ao longo destes 15 anos, garantir, a todo o momento, que não
faltem combustíveis no Corvo", salienta a nota.Além
disso, o executivo esclarece ainda que, "na sequência do previsível
agravamento das condições meteorológicas, entre hoje e domingo, para os
grupos Central e Ocidental, com previsões que apontam para vento de 60 a
70 km/hora e ondulação a variar entre 3 e 5,5 metros, a operação do
navio que escala o Corvo prevista para esta semana, que deveria
abastecer a ilha de mercadorias e combustíveis, será adiada para
segunda-feira, 04 de maio".Esta situação
"é, como sempre, avaliada pelo Governo dos Açores, através do FRACDE, em
conjunto com o armador e a Autoridade Marítima, tendo por objetivo a
salvaguarda da operação, em segurança, da tripulação, da carga e do
navio em causa", acrescenta.De acordo com o
executivo açoriano, "a escala do navio na próxima semana permitirá
repor a capacidade de armazenagem e os níveis de combustível dos
operadores locais".