Governo dos Açores questiona “constitucionalidade” de apoio que deixa autonomias de fora
21 de jan. de 2022, 15:09
— Lusa/AO Online
Bolieiro
referiu que têm “toda a razão a queixa dos empresários dos Açores e da
Madeira”, tendo já falado sobre a matéria com o homólogo madeirense,
Miguel Albuquerque, por considerar “inaceitável” estar em causa um apoio
“apenas para as empresas do continente”.“Duvido
da constitucionalidade desta medida, visto que a decisão política e
administrativa do aumento do salário mínimo nacional é do Governo da
República e aplica-se a todo o país. Portanto, o apoio devia ser de
extensão a todas as empresas no país inteiro”, referiu José Manuel
Bolieiro, na sequência de uma audiência, em Ponta Delgada, com o
bastonário da Ordem dos Economistas.O
líder do executivo açoriano admite que, “no quadro da autonomia dos
Açores”, haja lugar a um complemento regional ao salário mínimo nacional
como “elemento de combate ao sobre custo de insularidade”.“O
aumento do salário mínimo nacional é uma responsabilidade do Governo da
República e é inaceitável a territorialidade diminuta que a opção do
Governo da República assumiu. Vamos contestar e estaremos solidários com
as empresas. Estamos a fazê-lo no plano político, mas porque não as
empresas assumirem no plano judicial esta luta?”, questionou. O
Governo da Madeira pediu, entretanto, ao Presidente da República uma
intervenção em relação à exclusão das empresas das regiões autónomas da
possibilidade de beneficiarem das medidas de mitigação do impacto
provocado pelo aumento do salário mínimo nacional.Numa
nota enviada às redações, o presidente do Governo Regional, o
social-democrata Miguel Albuquerque, considera que a exclusão das
empresas das ilhas dos apoios nacionais “é injusta e inaceitável”.