Governo dos Açores quer manter capacidade produtiva e postos de trabalho
Covid-19
4 de dez. de 2020, 18:42
— Lusa/AO Online
“A
nossa preocupação centra-se na manutenção da capacidade produtiva nesta
fase de pandemia da covid-19, que vai ter que aguentar mais meses. Nós,
em conjunto [com as câmaras do comércio], prevemos que só a partir do
segundo semestre de 2021, para alguns setores, haverá, de facto, uma
situação diferente, de algum crescimento e de retoma”, declarou Bastos e
Silva.O secretário regional das Finanças,
naquele que constituiu o seu primeiro ato público, reuniu-se hoje com
os presidentes da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, Mário
Fortuna, de Angra do Heroísmo, Rodrigo Rodrigues, e da Horta, David
Marcos.O titular da pasta das Finanças
admitiu a adoção de mais medidas para fazer face aos impactos económicos
e sociais da pandemia, além do pacote do anterior executivo açoriano,
afirmando que se está a “pegar em medidas que vão ser renovadas,
algumas, com outras condições”, a par da “adaptação de medidas nacionais
que entretanto existem, algumas das quais comunicadas hoje”.É
o caso da nova versão nacional do ‘lay-off’, que se estende para 2021,
que Bastos e Silva afirma que vai ser alvo de adaptação regional,
havendo ainda novas linhas de crédito que, “na parte que é reembolsável,
entra o Programa Operacional dos Açores (POE)”.“O
reforço do POE para estar virado para as empresas também é um esforço
nosso. Significa que vamos aproveitar no POE 2020 os fundos disponíveis
para que possamos apoiar as empresas e as pessoas”, frisou.Bastos
e Silva quer, através do “objetivo de emergência” para as empresas e
pessoas, “conseguir atravessar os primeiros seis meses de 2021", que
considerou que "vão ser ainda muito mais duros do que o que passou,
porque à medida que o tempo vai passando e não há receitas e atividade
económica nalguns setores, a manutenção das empresas é mais dura”.Para
o responsável político, o setor do turismo é para os Açores o mais
preocupante, tendo reiterado que o pacote fiscal vai avançar no Plano e
Orçamento de 2021 com a redução de impostos máxima prevista na Lei de
Finanças Regionais das Regiões Autónomas.