Governo dos Açores quer colocar a arrendamento mais de 100 casas na Terceira até 2025
16 de fev. de 2024, 16:27
— Lusa
“É uma resposta
interessante para uma freguesia como São Brás, para a Praia da Vitória
que perdeu população, para fixar casais jovens. Estas 13 casas, com
opção de compra, parecem-me uma opção muito interessante. É o primeiro
passo de 100 casas que até 2025 ficarão prontas na Praia da Vitória”,
afirmou, em declarações aos jornalistas, o vice-presidente do Governo
Regional (PSD/CDS-PP/PPM), Artur Lima.O
governante falava à margem da cerimónia de lançamento da primeira pedra
da empreitada de construção de 13 habitações na freguesia de São Brás,
na ilha Terceira, a que se somarão outras 92 que serão reabilitadas pelo
executivo no concelho da Praia da Vitória.A obra, lançada hoje, orçada em cerca de 2,48 milhões de euros, é financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência.Está
prevista a construção de oito casas de tipologia T2, quatro de
tipologia T3 e uma de tipologia T4, que serão colocadas no mercado para
“arrendamento com opção de compra”.O
vice-presidente do executivo açoriano, que governa a região desde 2020,
lembrou que os terrenos para a construção destas habitações foram
adquiridos em 2003, quando o PS governava a região.“Isto
está aqui há 20 anos. Conseguimos concretizar, demos resposta a uma
falta de habitação que é crónica na Região Autónoma dos Açores e que se
agravou com o aumento do preço médio da habitação”, frisou.Artur
Lima disse que também já foi lançado o concurso para os projetos de
reabilitação de 92 habitações, no bairro Nascer do Sol, na Praia da
Vitória, cedido pela força aérea norte-americana, aquando da redução
militar na base das Lajes, cujo alvará de loteamento foi assinado e
emitido hoje.A obra, orçada em cinco milhões de euros, será igualmente financiada na totalidade por fundos do PRR.Também
na Praia da Vitória, já foi lançado o concurso da terceira fase da
reconversão urbanística e habitacional do Bairro de Nossa Senhora de
Fátima, que terá um custo de 7,7 milhões de euros, com verbas do PRR.Estas
intervenções estavam previstas pelo anterior executivo, do PS, mas o
vice-presidente disse que o processo foi “moroso”, porque foi necessário
“legalizar tudo”.“Os loteamentos não estavam sequer feitos”, salientou.“As
pessoas querem vender as casas e não podem, porque têm a casa
construída num terreno que não está registado no nome deles.
Verifica-se, por exemplo, na ilha do Faial, em que a SPRHI [Sociedade de
Promoção e Reabilitação de Habitação e Infraestruturas] construiu
[depois do] sismo”, acrescentou.Artur Lima
acusou ainda os governos do Partido Socialista de terem construído
apenas 79 casas na região, entre 2012 e 2020, “em média, uma casa por
ilha”, em cada ano.“Foi muito pouco e isso claro que distorceu muito o mercado”, criticou.