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Governo dos Açores quer “centrar esforços no combate” às alterações climáticas

O secretário regional do Ambiente e Alterações Climáticas dos Açores, Alonso Miguel, disse que o executivo vai “centrar esforços no combate às alterações climáticas”, tendo aquela secretaria uma dotação de 19 milhões de euros no Orçamento da região para 2021.


Autor: Lusa/AO Online

O governante falava na comissão permanente de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, na Assembleia Legislativa dos Açores, na cidade da Horta, tendo referido que os 19 milhões de euros de investimento já incluem o valor das obras públicas.

Segundo Alonso Miguel, o Plano e Orçamento para 2021 “centra-se em aspetos que são fundamentais como a adaptação às alterações climáticas, como a promoção da qualidade ambiental, a melhoria de gestão de resíduos, a proteção da natureza, da biodiversidade e a gestão dos recursos”.

E prosseguiu: “Neste quadro, o Governo Regional vai centrar esforços no combate às alterações climáticas, de forma a poder preparar a nossa região para essa nova realidade, consciencializar as populações de forma a salvaguardar os nossos recursos”.

O secretário regional destacou a implementação do programa Life IP Climaz, que será “fundamental para o programa regional contra as alterações climáticas”.

Segundo disse, aquele programa, criado pelo anterior Governo Regional, do PS, terá um prazo de 10 anos e um investimento de 19,8 milhões de euros.

O deputado do PSD Luís Soares solicitou um “ponto de situação” sobre o centro de interpretação do Algar do Carvão, na Terceira, tendo Alonso Miguel referido que o projeto estará concluído “até ao final de 2022”.

O deputado do BE António Lima questionou o secretário regional acerca das medidas para que as ilhas de São Miguel e da Terceira cumpram as metas de reciclagem.

Na resposta, Alonso Miguel referiu que foram adquiridos 1.000 contentores de recolha de biorresíduos para aquelas ilhas.

A socialista Valdemira Gouveia interrogou o governante sobre o plano para que a indústria agropecuária nos Açores consiga “reduzir a pegada ecológica”, defendendo que não se pode “negligenciar” os efeitos da indústria alimentar nas alterações climáticas.

Pedro Neves, do PAN, criticou a ausência de propostas para a redução das emissões da agropecuária, referindo que se a Secretaria das Alterações Climáticas não tiver uma “atuação transversal” a todo o executivo, não passa de um “'flop'” e o secretário de um “'poster'”.

Em resposta, Alonso Miguel disse ser “óbvio” que a agropecuária é “geradora de emissões de gases de efeito estufa”, mas ressalvou ser necessário um “equilíbrio” porque a “agricultura vai continuar a ser a base da economia” açoriana.