Governo dos Açores promete mais empresas do Espaço até final do ano em Santa Maria
25 de nov. de 2024, 18:30
— Lusa/AO Online
“Em
2024, três empresas do setor espacial passaram a integrar as
incubadoras Incuba+, Terinov e Nonagon. Além disso, uma empresa abriu
estabelecimento e uma outra deslocalizou-se para a ilha de Santa Maria.
Até ao final do ano, posso assegurar, vamos ter mais empresas, ligadas à
área do espaço, a instalar-se em Santa Maria”, avançou o secretário dos
Assuntos Parlamentares do Governo dos Açores.Paulo
Estêvão, que tutela a área do Espaço, falava na Assembleia Legislativa,
na Horta, durante a discussão do Plano e Orçamento dos Açores para
2025.O governante destacou que a proposta
de Plano vai apoiar a “implementação de um nó de acesso ao Espaço em
Santa Maria” e suportar o Centro Tecnológico Espacial, prevendo-se um
"investimento superior a 12 milhões de euros".Estêvão
garantiu que o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) pretende aumentar as
capacidades da estação da Rede Atlântica de Estações Geodinâmicas e
Espaciais (RAEGE) em Santa Maria.No
debate, o socialista João Vasco Costa considerou que o atual executivo
açoriano “comprometeu seriamente a autonomia” da região na política
espacial, alertando que “cada atraso e cada hesitação representa uma
oportunidade perdida”.“Se eu lhe perguntar
quando é que vai ser o lançamento suborbital o senhor não sabe, o
senhor não controla. Há uma perda de autonomia”, atirou o deputado do
PS, dirigindo-se a Paulo Estêvão.O
parlamentar do Chega José Sousa criticou a política espacial para as
Flores porque a estação da RAEGE naquela ilha “não tem quaisquer
progressos”.Da parte do PSD, Carlos
Rodrigues enalteceu a atuação do Governo Regional, que “definiu um novo
rumo” e “limpou a casa” na estratégia para o Espaço, e advogou que o
“hub [centro de conexão] de Santa Maria é e vai ser uma realidade”.Na
sessão, Paulo Estêvão também defendeu o aumento dos apoios públicos à
comunicação social privada (que vão representar em 2025 cerca de 2
milhões de euros) por estar em causa a “sobrevivência ou a morte” dos
órgãos de media.“O que está em causa é a
sobrevivência ou a morte de muitos dos títulos e das rádios da
comunicação social açoriana. É isto. Não é menos que isto”, salientou.O
líder do Chega/Açores acusou o Governo Regional de querer “condicionar"
os jornalistas e lembrou que os órgãos de comunicação social podem
concorrer aos incentivos às empresas para criticar a existência de um
programa específico para o setor.