Governo dos Açores pretende investir 18 ME na prevenção de inundações
17 de jul. de 2024, 16:22
— Lusa/AO Online
“O objetivo é reduzir as
potenciais consequências prejudiciais das inundações, para a saúde
humana, para o ambiente, para o património cultural, para as
infraestruturas e para as atividades económicas”, explicou o secretário
regional do Ambiente e da Ação Climática, Alonso Miguel, durante a
apresentação do plano de gestão de riscos de inundações à Comissão de
Assuntos Parlamentares, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, reunida na vila das Velas, ilha de São Jorge.De
acordo com o levantamento efetuado, com base em dados históricos de
ocorrências registadas nas mais de 700 bacias hidrográficas dos Açores, o
plano definiu cinco bacias de risco de cheias e inundações fluviais,
para as quais foi produzida cartografia de pormenor de risco,
nomeadamente a Ribeira Grande e a ribeira da Povoação, na ilha de São
Miguel, a ribeira da Agualva e as ribeiras de Porto Judeu, na ilha
Terceira, e a Ribeira Grande, na ilha das Flores.“Além
destas bacias hidrográficas, foram incluídas seis novas bacias
hidrográficas, nomeadamente as grotas da Areia e do Cinzeiro, na ilha de
São Miguel, as ribeiras da Casa da Ribeira e de São Bento, na ilha
Terceira, a Ribeira Seca, em São Jorge, e a Ribeira do Dilúvio, no
Pico”, adiantou o governante.O novo plano
de gestão de riscos de inundações identificou ainda quatro zonas
costeiras potencialmente sujeitas a galgamentos do mar: a frente
marítima entre São Roque e o Cais do Pico, na ilha do Pico, a frente
marítima entre São Roque e o Rosto do Cão, em Ponta Delgada, a frente
marítima da Lagoa e a frente marítima da Ribeira Quente, na Povoação.“O
investimento estimado para a implementação de um conjunto de pedidas de
prevenção ascende a cerca de 18 milhões de euros, na sua esmagadora
maioria, cerca de 94 por cento, investimentos referentes a medidas de
gestão de riscos”, frisou o titular da pasta do Ambiente no arquipélago.O
plano de gestão de riscos de inundações dos Açores, agora apresentado
aos deputados, que já esteve em discussão pública entre outubro e
novembro do ano passado, será discutido e votado em plenário antes de
entrar em vigor.