Governo dos Açores prepara visitas de familiares a lares de idosos no Natal
Covid-19
15 de dez. de 2020, 16:24
— Lusa/AO Online
Numa
visita em que foi acompanhado pela Comissão Especial de Acompanhamento
da Luta Contra a Pandemia de Covid-19, liderada por Gustavo Tato Borges,
o vice-presidente do Governo Regional adiantou que dará “indicações
nesse sentido para que (…), com toda a segurança, os familiares possam
visitar os seus idosos”.Artur Lima acha
“importante que os afetos e o calor humano sejam mantidos, sobretudo
nesta época do Natal”, por isso vai permitir visitas a lares de idosos,
“a título extraordinário”.O governante
lembra, no entanto, que “nunca podemos baixar os braços na luta conta
esta pandemia, que ainda aí está, e vai estar”.Adiantou
algumas medidas, como a criação de “um circuito onde não haja
cruzamento dos idosos com os familiares, onde possam ser vistos num
quarto mantendo as distâncias sociais, que haja as devidas medidas de
higienização dos espaços, eventualmente com barreiras de acrílico”, mas
remeteu a questão para a Comissão criada para o efeito.Na
sua primeira visita oficial enquanto vice-presidente do Governo
Regional, o titular da pasta da Solidariedade Social quis sublinhar “a
importância das IPSS” (Instituições Privadas de Solidariedade Social).“E
quisemos, exatamente, começar por esta do Nordeste, que foi a mais
atingida pela pandemia da covid-19, e mostrar ao senhor provedor toda a
nossa solidariedade daqui para o futuro e todo o nosso apoio”, afirmou.O
centrista anunciou ainda que as várias IPSS da região receberão os
apoios à aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) entre
dezembro e janeiro e que o lar de idosos da Santa Casa da Misericórdia
do Nordeste irá receber “uma prendinha de Natal”.Já
o provedor desta instituição, José Carlos Carreiro, concretizou que o
executivo irá apoiar este lar em 58 mil euros para compensar pela perda
de rendimentos decorrente da morte de 12 utentes, devido ao surto de
covid-19.A estrutura, que tem capacidade para 54 idosos, recebe, neste momento, 44 utentes.José
Carlos Carreiro aproveitou também a visita para expressar a sua
“preocupação de que, quando houver vacinas, os lares sejam primeiramente
beneficiados – utentes e funcionários”.“Nós
temos de estar como estávamos antes, mais próximos destes utentes.
Neste momento, com estas medidas, parece que os nossos utentes estão
presos em gaiolas, o que não é, de forma alguma, desejável, nem é essa a
prática das Misericórdias”, afirmou.Questionado
pelos jornalistas acerca dos apoios à quebra de vencimentos de pais que
tenham de ficar em casa devido ao encerramento de estabelecimentos
escolares, o governante afirmou que essa “não é uma questão que dependa
da solidariedade regional, do Governo Regional dos Açores, depende de
medidas em vigor nacionais”.O responsável adiantou que já questionou o Governo da República acerca dessa matéria e que aguarda resposta.Artur
Lima admitiu a possibilidade de, “eventualmente, haver um complemento”
regional, mas essa seria uma medida “esporádica e num horizonte muito
limitado”, que está sujeita a aprovação em Conselho de Governo.