Governo dos Açores prepara plano estratégico para os laticínios
23 de mai. de 2019, 18:38
— Lusa/AO online
“Achamos
que será um plano que pode ajudar a indústria no futuro a valorizar
melhor as suas produções, que como sabemos é um grande ‘handicap’ que
nós temos neste momento para melhorarmos o rendimento de toda a fileira
do leite”, adiantou o secretário regional da Agricultura e Florestas,
João Ponte, em Angra do Heroísmo, à margem de uma reunião com os
dirigentes da Associação Agrícola da Ilha Terceira.Segundo
o governante, o plano, que está a ser desenvolvido por uma empresa com
experiência na área da internacionalização, deverá estar concluído até
ao final deste ano.O executivo açoriano
prevê receber “já em junho” um relatório preliminar, que servirá de base
para uma “reflexão conjunta com os principais parceiros” do setor.O
documento, que terá um horizonte temporal de 10 anos, contará com um
conjunto de orientações destinadas à indústria “em relação às tendências
de consumo, à inovação e aos novos mercados”. João
Ponte considerou que a estratégia de produção nos Açores tem sido “bem
conseguida, do ponto de vista da qualidade, da quantidade, da melhoria
da eficiência e da rentabilidade das explorações”, mas defendeu que a
indústria tem de “olhar para o mercado de outra forma, tentar encontrar
novos mercados, inovar e antecipar as tendências dos consumidores”.“Nós
estamos a fazer um documento importante e estruturante para o
desenvolvimento da fileira do leite. Será um documento mais focado para a
inovação, para a internacionalização e para os mercados. É um documento
que interessa a todo o setor, mas que será mais virado para as
preocupações que a indústria tem”, salientou, alegando que há abertura
por parte das fábricas para implementar o plano. Por
sua vez, o presidente da Associação Agrícola da Ilha Terceira, José
António Azevedo, considerou o documento importante, numa altura em que o
preço do leite e as limitações à produção preocupam os lavradores.“Está-se
a fazer uma análise do que nós temos e depois vão ser dadas algumas
ferramentas, que se as indústrias aproveitarem poderão tirar benefícios.
Há que implementar aquilo que for analisado e que for de concreto uma
mais-valia para a região”, frisou.