Governo dos Açores pondera reduzir período de isolamento profilático

30 de dez. de 2021, 09:25 — Lusa/AO Online

“Estamos a ponderar a possibilidade de passar para os cinco dias de isolamento, no sentido de agilizar algumas questões”, afirmou, em declarações aos jornalistas, em Angra do Heroísmo, o titular da pasta da Saúde nos Açores, Clélio Meneses.A Madeira reduziu hoje para cinco dias o isolamento de infetados assintomáticos com o vírus da covid-19 e de quem contactou com casos positivos.Nos Açores, a secretaria regional da Saúde está também a ponderar reduzir o tempo de isolamento profilático, que, neste momento é de 10 dias, no mínimo.“A redução do tempo tem a ver com um conjunto de circunstâncias. Tem a ver com a questão económica, mas também, e sobretudo, no que diz respeito à questão sanitária e de saúde pública”, justificou Clélio Meneses.“Por aquilo que temos concluído da nova variante, é uma variante que tem sintomas menos intensos, que deixam de se sentir num curto espaço de tempo e avaliando todas estas questões chegámos à conclusão de que tem de ser avaliada a possibilidade de reduzir o tempo de isolamento profilático”, acrescentou.Na Madeira, em casos confirmados de infeção com o vírus, deve haver "isolamento imediato, independentemente do estado vacinal", e "o período mínimo de isolamento" passa a ser de cinco dias se não houver sintomas da doença covid-19 "ou se os sintomas forem resolvidos durante esse período", segundo uma circular da Secretaria Regional de Saúde e Proteção Civil.Além disso, nos cinco dias seguintes ao isolamento, "é necessário o uso de máscara", com "capacidade de filtração mínima de uma máscara cirúrgica, bem ajustada".Nos casos de infetados com sintomas, "o isolamento deve ser mantido até ao desaparecimento dos sintomas", lê-se no documento hoje divulgado.A Madeira é a primeira região do país a reduzir os períodos de isolamento de infetados com o vírus da covid-19 e contactos, seguindo o que foi já adotado noutros países.O ministro dos Negócios Estrangeiros, na conferência de imprensa de hoje relativa ao Conselho de Ministros, remeteu a decisão sobre uma eventual redução dos períodos de isolamento relacionados com a pandemia para as autoridades de saúde, sublinhando que é uma decisão técnica e não política.A covid-19 provocou mais de 5,41 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.921 pessoas e foram contabilizados 1.330.158 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.