Governo dos Açores nega "estrangulamento" nas viagens aéreas para o Faial
21 de mar. de 2018, 12:40
— Lusa/AO online
Depois
de um encontro com o autarca da Câmara da Horta, a secretária regional
dos Transportes e Obras Públicas, Ana Cunha, sublinhou na terça-feira
que a operação planeada para o período de verão IATA (entre fim de março
e fim de outubro) se baseou, “de uma forma racional e como é princípio
de boa gestão", nos lugares ocupados em igual período em 2017."Não
há aqui qualquer estrangulamento nas acessibilidades à ilha, muito pelo
contrário, a oferta é superior à utilização do ano anterior, para
homólogos períodos e, portanto, tem ainda, para além disso, margem para
acomodação de um crescimento que se quer e que é o que é saudável para
esta ilha e para a nossa região", vincou a governante.Em
julho e agosto, admitiu, não haverá um aumento de voos, justificado com
o facto de nesse período, no ano passado, ter havido quebra de
utilização (-4%), "o que representa cerca de 4.600 lugares não
utilizados". Além disso, houve uma "percentagem significativa de voos
que ficaram com uma taxa de ocupação muito abaixo dos 60%".Para
hoje à tarde está marcada em frente à Assembleia Legislativa Regional
dos Açores, na Horta, uma manifestação contra a programação da SATA para
os próximos meses no que refere a voos para o Faial."A
informação que temos neste momento, que está na página da SATA, é que
há uma redução de três voos regionais inter-ilhas e o que está a
apresentar-se para o verão são nove voos Lisboa-Horta-Lisboa. Portanto,
há uma redução em relação a 2017 de mais de 11 mil lugares", quase 12
mil, avançou recentemente o faialense Dejalme Vargas à agência Lusa.A
Câmara do Comércio e Indústria da Horta (CCIH) também já exigiu que o
Governo dos Açores e a SATA garantam um aumento do número de voos e de
lugares, nos horários de verão, para a ilha do Faial."A
Câmara do Comércio vai exigir ao Governo [Regional] e ao poder político
que haja uma adequação da oferta à procura que existe neste momento
para o destino das ilhas do Triângulo [Faial, Pico e São Jorge] e também
das ilhas das Flores e do Corvo", anunciou também recentemente
Francisco José Rosa, membro da direção da CCIH, em conferência de
imprensa.