Governo dos Açores mantém meta do hospital modular até final do ano
1 de nov. de 2024, 08:31
— Lusa
Mónica Seidi referiu que se
pretende ter “todo o hospital em pleno no último trimestre deste ano”,
estando-se a aguardar a entrega de equipamentos que estão pendentes para
equipar o hospital modular.A governante
intervinha na comissão parlamentar dos Assuntos Sociais na sequência de
um requerimento oral apresentado pelo PSD/Açores a solicitar um ponto de
situação no âmbito do acompanhamento à situação resultante do incêndio
no HDES- Hospital do Divino Espirito Santo, 04 de maio.O
maior hospital dos Açores, que funciona para a região como um hospital
central, foi alvo de um incêndio a 04 de maio que obrigou a deslocalizar
doentes, profissionais de saúde e equipamentos para outras unidades de
saúde públicas e privadas na região e Madeira.No
âmbito da sua audição na comissão parlamentar, a titular da pasta da
Saúde frisou que “não há informação, à data de hoje, por parte da
empresa” de atrasos na obra do hospital modular do HDES, localizado em
Ponta Delgada.Questionada por um deputado
do PS sobre alegadas tensões dentro do conselho de administração em
relação à opção de avançar com o hospital modular, Seidi afirmou que
“nunca a senhora presidente do conselho de administração, até à sua
saída” afirmou algo contrário ao projeto.“Desde
a primeira reunião de trabalho foi assumido que a estratégia do
conselho de administração [do HDES] era avançar com o hospital modular. A
decisão foi inequívoca”, afirmou a governante. A
secretária regional anunciou, por outro lado, que o plano de
investimentos do Governo dos Açores em 2025 inclui uma verba de quatro
milhões de euros para recuperar listas de espera em cirurgia, exames e
consultas, que entretanto de acentuaram devido ao incêndio no HDES.Mónica
Seidi divulgou também que a cardiologia vai retomar ao HDES na segunda
quinzena de novembro, um serviço que recebe doentes de todas as ilhas. A
secretária afirmou ainda que está-se a trabalhar no programa funcional
para apurar as necessidades futuras na reestruturação do HDES, um
processo que envolve todos os diretores de serviço do hospital e que
está ser conduzido por duas empresas para definir o seu perfil
assistencial.Mónica Seidi dissipou dúvidas
sobre a futura utilização do hospital modular, tendo reiterado que há a
possibilidade de ser utilizado outras ilhas “a qualquer altura face a
uma catástrofe”, uma vez que “trata-se de uma estrutura que é
desmontável”.A 18 de setembro, Mónica
Seidi referiu que os equipamentos que serão instalados no hospital
modular de Ponta Delgada, em ‘renting’, vão custar 10,9 milhões de euros
até 2027, passando depois a pertencer ao HDES.“No
total, até 2027 estamos a falar de um valor de 10,9 milhões, que não é
um investimento perdido, na medida em que todos esses equipamentos
transitarão para o novo HDES”, afirmou, na altura, aos jornalistas a
secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi.