Governo dos Açores mantém Conselho de Administração do Hospital da Horta
1 de fev. de 2019, 10:00
— Lusa/AO Online
Rui
Luís considerou que “se está a falar de um conselho de administração,
tal como outros, que está em funções", adiantando que o hospital
"apresenta resultados”.O
secretário regional da Saúde salvaguardou que se “das situações que
foram faladas resultarem casos concretos, colocados de forma formal para
processo de inquérito, que apontem situações anómalas, há que atuar”,
mas, “até lá, as pessoas vão manter-se em funções”.O
governante foi ouvido na reunião da Comissão Permanente de
Assuntos Sociais do parlamento regional, em Ponta Delgada, na ilha de
São Miguel, na sequência de requerimentos do PSD e BE sobre alegadas
situações anómalas registadas no funcionamento do Hospital da Horta,
ilha do Faial, e no Centro de Saúde de Vila do Porto, em Santa Maria.Em
25 de janeiro, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos
(SIM) dos Açores, André Frazão, acusou o diretor clínico do Hospital da
Horta de "prepotência" e coação aos médicos, obrigando-os a tomar
decisões "ilegais e imorais", que a administração disse desconhecer.Em
causa estará a ação de Rui Susano, o diretor clínico do Hospital da
Horta, que, segundo o SIM/Açores, "persegue e intimida as pessoas, com
uma atitude já conhecida de prepotência, e que afasta as pessoas de
participar e ajudar", denunciou o sindicato.A
estrutura sindical lamentou que, num hospital onde "há dificuldade em
arranjar profissionais", como o da Horta, "se maltrate tanto os médicos,
que são obrigados e coagidos a coisas que, além de ilegais, são
imorais".Rui
Luís adiantou, já questionado pelos jornalistas, no final da audição,
sobre se estão garantidas as condições para assegurar cuidados de saúde
naquele hospital, que os 500 profissionais que ali trabalham “regem-se
por princípios de ética e deontologia” e “não será qualquer situação de
conflito pessoal entre alguns funcionários que irá pôr em causa a
prestação dos serviços aos utentes”. Em
sede de comissão parlamentar, o social-democrata Luís Garcia declarou
que o responsável pela pasta da Saúde tem conhecimento do ambiente que
se vive no Hospital da Horta desde 13 de dezembro de 2017, sendo
“politicamente responsável por esta situação”.O
deputado do BE/Açores António Lima defendeu, também em declarações aos
jornalistas, a necessidade de se “resolver os conflitos que existem”
porque “as notícias são muitas e recorrentes”, sendo necessário
assegurar um “bom ambiente de trabalho que coloque a saúde em primeiro
lugar”.Também
hoje na Comissão Permanente de Assuntos Sociais, o presidente do
conselho de administração do Hospital da Horta, João Morais, recusou a
ideia de que haja um descontentamento generalizado naquela unidade de
saúde, admitindo existirem apenas "algumas pessoas insatisfeitas".