Governo dos Açores lamenta "perda para a cultura portuguesa e jornalismo democrático"
Óbito/Mário Mesquita
27 de mai. de 2022, 15:24
— Lusa/AO Online
“Recebi, em choque, a notícia
do falecimento do meu estimado e admirado jornalista açoriano, uma
influência na comunicação social portuguesa durante tantos anos. É uma
perda para a cultura portuguesa e para o jornalismo democrático em
Portugal e na Europa”, lamentou José Manuel Bolieiro, presidente do
executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM, em declarações aos jornalistas no
Canadá, onde se encontra em visita oficial. O governante expressou ainda, “em nome da açorianidade”, um “sentimento de pesar e condolências solidárias”.O
fundador do PS, professor universitário e vice-presidente da ERC -
Entidade Reguladora para a Comunicação Social, Mário Mesquita morreu
hoje aos 72 anos, disse à agência Lusa fonte socialista.Licenciado
em Comunicação Social pela Universidade Católica de Lovaina, Mário
Mesquita foi diretor do Diário de Notícias e do Diário de Lisboa, tendo
trabalhado ainda nos jornais República e Público.Natural
de Ponta Delgada, Mário Mesquita esteve ligado à oposição democrática
desde a sua juventude, apoiando a CDE dos Açores em 1969 e 1973 e
estando sempre próximo de figuras socialistas como Jaime Gama e Carlos
César.Esteve depois entre os fundadores do
PS, em abril de 1973, na República Federal Alemã, e após o 25 de Abril
de 1974 foi deputado à Assembleia Constituinte (1975-1976).Na primeira legislatura, voltou a ser eleito deputado pelos socialistas, mas afastou-se do PS em 1978.Como
professor universitário, entre outros estabelecimentos de ensino, deu
aulas na Escola Superior de Comunicação Social em Lisboa.Em
1981, foi agraciado com o grau de comendador da Ordem do Infante D.
Henrique pelo então Presidente da República, Ramalho Eanes.