Governo dos Açores investiu 4 ME desde 2016 na criação de bolsas de doutoramento
21 de jul. de 2020, 17:42
— Lusa/AO Online
A informação foi
avançada aos jornalistas pelo secretário da Ciência, Mar e Tecnologia,
Gui Menezes, no final da apresentação dos projetos escolhidos para
bolsas de investigação da comissão Fulbright, que decorreu hoje em Ponta
Delgada.
O secretário regional salientou que o
executivo açoriano tem vindo a "apostar cada vez mais na capacitação"
dos "recursos humanos na área científica" e na "área tecnológica", tendo
sido investidos "quatro milhões de euros nesta legislatura em 65 bolsas
de doutoramento e pós-doutoramento". "Estamos
a fazer um esforço muito grande e vamos continuar a fazê-lo,
naturalmente, para melhorarmos os nossos índices de capacitação
científica", declarou. Gui Menezes
destacou que a "maioria" das bolsas foram atribuídas no âmbito de
projetos nas áreas do mar, agricultura e turismo, setores definidos como
"áreas prioritárias estratégicas". "A
maioria das bolsas são todas nessas áreas porque não poderíamos utilizar
os fundos comunitários para investir noutras áreas", acrescentou. O
secretário assinalou que, "neste momento", está em curso a revisão da
"estratégia de especialização inteligente", pelo que, no futuro, as
bolsas criadas pelo Governo Regional serão atribuídas a investigações
"em áreas mais alargadas" e não apenas nas áreas atualmente consideradas
prioritárias.No final de 2019, o Governo
Regional estabeleceu um protocolo de cooperação com a comissão
Fullbright, que prevê a atribuição de três bolsas a projetos de
investigação a serem desenvolvidos numa universidade norte-americana. Gui
Menezes assinalou que as três bolsas tiveram o custo de 25 mil euros e
considerou os intercâmbios "fundamentais" porque "muitos desses jovens"
serão "os empreendedores do futuro nos Açores". As
bolsas são destinadas a investigadores de nacionalidade portuguesa e
residentes no arquipélago e foram atribuídas a Catarina Ritter, Paulo
Borges e Diogo Neves Ferreira. O projeto de Catarina Ritter pretende datar a chegada dos humanos aos Açores através do estudo dos ecossistemas aquáticos. A
investigação de Paulo Borges baseia-se na utilização de métodos
geofísicos para estudar a água subterrânea, de modo a monitorizar
possíveis contaminações. Por sua vez, o
projeto de Diogo Neves Ferreira pretende criar um conversor de energias
das ondas que opera no meio do mar, totalmente isolado da rede elétrica.
A Comissão Fulbright nasceu em 1960 fruto
de um acordo entre o Governo Português e o Governo dos Estados Unidos
da América, coordenando desde a sua fundação um programa de intercambio
educacional entre os dois países.