Governo dos Açores garante que não vai apresentar um orçamento retificativo
29 de mar. de 2023, 16:56
— Lusa/AO Online
“Nos
Açores não vai haver orçamento retificativo. Na Madeira não há
orçamento retificativo. Em Portugal não há orçamento retificativo”,
declarou Duarte Freitas aos jornalistas na sede da secretaria das
Finanças, em Ponta Delgada.Na terça-feira,
o presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada
defendeu que o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) deveria submeter ao
parlamento regional um orçamento retificativo na sequência da alteração
do IVA, mesmo apesar da crise política.Mário
Fortuna, que falava aos jornalistas no final de uma reunião do Conselho
Económico e Social dos Açores, afirmou que a Madeira já anunciou que
vai avançar com um orçamento retificativo.Esta quarta-feira, Duarte Freitas assinalou que “houve vozes que se equivocaram” relativamente à situação da Madeira.“Às
vezes vamos depressa reagir a notícias que vêm do exterior, mas depois
elas são contraditadas e já não vamos a tempo de repor a realidade”,
reforçou.Nos
Açores, o IVA zero para 44 produtos essenciais e o aumento dos salários
e do subsídio de refeição na função pública vão ter um impacto de 14 a
15 milhões de euros, detalhou Duarte Freitas.“Nós
temos capacidade para fazer esse encaixe, quer seja na diminuição das
receitas porque há outras receitas que estão com boa execução, quer seja
na execução da despesa, onde vamos ter de ter, naturalmente, contenção
para acomodar estes 14 ou 15 milhões de euros”, declarou.O
secretário das Finanças, Planeamento e Administração Pública dos Açores
disse encarar de “forma positiva” as medidas anunciadas para apoiar as
famílias devido à inflação.“Um governo que
tem liderado o desagravamento fiscal não tem razão nenhuma para não
encarar este esforço de forma positiva porque esses 14 ou 15 milhões de
euros não ficarão no Orçamento da Região, mas ficarão nas famílias e
empresas dos Açores”, destacou.A proposta
de lei do Governo que isenta de IVA uma lista de produtos alimentares
foi enviada para a Assembleia da República na terça-feira, com o diploma
a detalhar que a medida inclui legumes, carne e peixe nos estados
fresco, refrigerado e congelado.