Governo dos Açores garante empenho para resolver "situação caótica" deixada pelo PS nos resíduos
4 de set. de 2024, 15:48
— Lusa/AO Online
A
reação do executivo PSD/CDS-PP/PPM surge na sequência de declarações
proferidas na terça-feira pelo líder do PS/Açores, Francisco César, que
apontou “falhas graves” na gestão de resíduos na ilha do Corvo, a mais
pequena do arquipélago, e exigiu ação do poder público regional.Numa
nota de imprensa, a Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática
refere que Francisco César "falta à verdade" e alega que os Governos
Regionais da coligação tiveram que "encontrar soluções", nos últimos
quatro anos, para "resolver problemas gerados ao longo de mais de uma
década no funcionamento dos Centros de Processamento de Resíduos da
Região, durante os sucessivos mandatos dos executivos do PS"."O
PS deixou os Centros de Processamento de Resíduos abandonados,
degradados e com necessidades de intervenções avultadas, sem preparar a
região para a recolha seletiva de biorresíduos, sem garantir uma
necessária manutenção e modernização dos mesmos, e ainda com um acumular
de décadas de resíduos em determinadas ilhas", denuncia.Face
ao desinvestimento nos Centros de Processamento de Resíduos, o Governo
Regional liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro "viu-se
obrigado a realizar um investimento, nos últimos três anos, superior a
6,5 milhões de euros em intervenções de beneficiação nestes
equipamentos"."Francisco César, presidente
do PS Açores, que exerceu funções de deputado regional ao longo de
várias legislaturas, conhece, ou pelo menos deveria conhecer, em
pormenor, a herança desastrosa e o passivo deixados ao Governo Regional
da coligação PSD/CDS/PPM no que se refere à gestão de resíduos nos
Açores, pelo que se exigiria um maior nível de responsabilidade nas
declarações proferidas", lê-se na nota.Quanto
às críticas deixadas pelo socialista em relação à acumulação de lixo no
Corvo, a tutela explica existir uma concentração de resíduos de madeira
numa propriedade da Câmara Municipal e "fora dos limites das
instalações do Centro de Processamento de Resíduos, local onde se tem
verificado o abandonado desse tipo de materiais"."Trata-se
de uma situação que se iniciou e perpetuou durante a governação do
Partido Socialista”, aponta a secretaria regional, adiantando que já foi
realizado "um procedimento para recolha e envio para destino adequado"
desse passivo, o que representará um investimento de cerca de 87 mil
euros.Por outro lado, a expedição de
madeiras e dos designados ‘monstros’ será realizada "a breve trecho",
num contentor marítimo, estimando-se uma quantidade máxima de 34
contentores. A operação não pôde ser realizada mais cedo, segundo a
tutela, devido à reprovação do Plano e Orçamento da Região para 2024 e à
dissolução do parlamento açoriano.Atualmente,
acrescenta, não há acumulação de resíduos no Centro de Processamento de
Resíduos do Corvo, um espaço que foi alvo de vários investimentos num
valor superior a 40 mil euros desde 2020.Além
disso, para "ultrapassar os constrangimentos" de expedição de resíduos
para o exterior da ilha, foram adquiridos "seis contentores marítimos de
20 pés, num investimento de cerca de 16 mil euros"."Tardiamente
e de modo absolutamente irresponsável, vem agora o PS, que permitiu que
este problema se iniciasse e perpetuasse, apontar culpas ao Governo dos
Açores, que se tem empenhado para resolver a situação caótica deixada
pelos socialistas nos seus anos de governação", sustenta o executivo do
arquipélago.