Governo dos Açores e autarquia investem no abastecimento de água na ilha Graciosa

28 de nov. de 2022, 18:01 — Lusa/AO Online

José Manuel Bolieiro, líder do governo regional, que iniciou uma visita oficial à ilha Graciosa, considerou que “não há falta de água na Graciosa, mas um desafio na sua gestão, tendo anunciado que o Governo dos Açores “vai fazer um investimento para abastecimento de água à lavoura, o que cria menos pressão, para depois ajustar a água relativa ao consumo humano”.O executivo açoriano esteve reunido com o executivo da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, liderada por António Reis, tendo Bolieiro avançado que vai ser desenvolvido, com o município, um projeto de monitorização da qualidade da água.Bolieiro salvaguardou que a sua qualidade “é excelente na Graciosa, mas existem problemas de salubridade quando existe o recurso à mesma”.O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz especificou, por seu turno, que o projeto de requalificação da rede “está aprovado, beneficiando de fundos comunitários, aguardando o último parecer do Tribunal de Contas.O projeto está orçado em 1,4 milhões de euros, sendo o prazo de execução de 14 meses.O autarca quer promover a “substituição da rede antiga para que se possa combater as perdas de água e melhor a sua qualidade”, sendo que a obra vai ser realizada na freguesia de Guadalupe.A atual rede de abastecimento de água da ilha Graciosa possui cerca de 50 anos, estando os seus materiais deteriorados.Ainda no âmbito das suas declarações à saída do encontro com o executivo camarário, José Manuel Boleiro considerou que o termalismo na ilha Graciosa “é fundamental para ser um impulso distintivo e diferenciador da ilha enquanto destino turístico”.O chefe do executivo disse ver com “bons olhos o interesse privado” para explorar as Termas do Carapacho, num projeto que englobe o “tríplice termalismo, turismo e saúde”. Bolieiro referiu que se está a “trabalhar nos investimentos necessários que assegurem” a qualidade da água nas termas.Confrontado com as dificuldades de escoamento de produtos da ilha Graciosa, o líder do executivo considerou que “a oferta de voos disponibilizada no período áureo (época alta) não só garantiu mais lugares para passageiros mas também disponibilidade para carga”. De acordo com o governante, “o que é problemático na Graciosa e em várias ilhas mais pequenas é o transporte marítimo, o que merece crítica relativa à necessidade de um estudo que possa aperfeiçoar estas condições”.