Governo dos Açores diz que verbas para a agricultura dão “resposta aos desafios do setor"
13 de nov. de 2017, 18:26
— Lusa/AO online
João
Ponte, que falava aos jornalistas na Horta, esta segunda-feira, após uma
audição na Comissão de Economia do Parlamento dos Açores, no âmbito das
audições sobre os documentos orçamentais, exemplificou com a duplicação
de verbas destinadas à modernização das explorações agrícolas açorianas."Há
verbas importantes para aquilo que é a modernização dos investimentos
promovidos pelos próprios agricultores. Falo na rede de caminhos
agrícolas, abastecimento de água e energia, onde há um crescimento
superior a 130%, ou seja, o valor de 2018 mais do que duplica em relação
a 2017", frisou João Ponte.O
governante apontou, ainda, as ajudas diretas aos agricultores, na ordem
dos 28 milhões de euros, o apoio às associações e os investimentos na
rede regional de abate."Este
plano é muito virado para a modernização, para a componente daquilo que
tem a ver com a competitividade e com a redução dos custos da
atividade", argumentou o secretário da Agricultura e Florestas,
acrescentando que este "conjunto de apoios" é fundamental para a
melhoria da competitividade do setor.João
Ponte reconheceu que a produção agrícola nos Açores "tem custos
associados muito grandes", superiores aos registados no resto do país e
na Europa, razão pela qual as ajudas comunitárias no âmbito do programa
POSEI - Programa de Opções Específicas para o Afastamento e a
Insularidade nas Regiões Ultraperiféricas e também as "ajudas diretas"
do Governo Regional são "fundamentais" para a manutenção desta atividade
e para a economia da região.Ainda
assim, considera natural que as associações agrícolas da região
manifestem o seu desagrado em relação aos valores inscritos nas
propostas de Plano e Orçamento para 2018 e reivindiquem um aumento de
transferências para o setor."Isso
é perfeitamente natural, cabe às associações a defesa do setor, mas do
ponto de vista do Governo é preciso assegurar um equilíbrio", sustentou
João Ponte, admitindo que "qualquer secretário gostaria de ter mais
milhões no seu orçamento" para distribuir pelos diferentes setores de
atividade.O
secretário regional da Agricultura e Florestas acrescentou que compete
ao executivo açoriano gerir os dinheiros públicos com equilíbrio,
procurando "ajustar a despesa à receita" da região, garantindo a
"sustentabilidade" do arquipélago.As propostas de Plano e Orçamento para 2017 serão discutidas e votadas no Parlamento dos Açores entre 28 e 30 de novembro.