Governo dos Açores diz que vagas para docentes abertas este ano correspondem às necessidades
O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, garantiu que o número de vagas abertas para colocar professores este ano na região era aquele que correspondia às necessidades permanentes das escolas.

Autor: Lusa/AO Online

 

Vasco Cordeiro falava aos jornalistas no final de uma audiência concedida, em Ponta Delgada, à direção do Sindicato Democrático dos Professores dos Açores (SDPA), cujo presidente, José Pedro Gaspar, reiterou que o concurso extraordinário de colocação, com vista à integração nos quadros dos docentes contratados para responder a necessidades permanentes das escolas, não cumpriu esse objetivo.

Segundo as contas dos sindicatos, foram colocados nos quadros 73 professores que antes eram contratados para responder a necessidades permanentes das escolas, quando o total de docentes nessa situação nos Açores deverá ascender a perto de 300.

Já Vasco Cordeiro salientou que no total, em concurso ordinário e extraordinário, abriram nos Açores 136 vagas para o ano letivo 2014/2015, correspondendo esse número às necessidades permanentes das escolas identificadas pelo executivo.

"Sempre que há um professor que está a satisfazer (...) uma necessidade permanente, foi, é e será aberta uma vaga no quadro", garantiu, acrescentando que, no entanto, continuará a haver docentes contratados nas escolas açorianas.

É o caso, explicou, daqueles que são contratados para substituir professores do quadro que não estão a dar aulas por algum motivo.

"Nestes casos, não vamos abrir duas vagas. Estes casos continuarão a ser satisfeitos com recurso a contratação a termo", afirmou.

Vasco Cordeiro lembrou ainda que o concurso extraordinário com vista à integração nos quadros de docentes contratados, aprovado pelo parlamento açoriano, prevê novo concurso em 2015 e 2016, dizendo que nos próximos dois anos serão sempre abertas novas vagas seguindo o mesmo critério.

No final da audiência, o presidente do SDPA voltou também a referir a questão dos professores contratados em 2014/2015 nos Açores, que vão receber menos que os colegas do continente na mesma situação, por haver uma interpretação diferente de uma diretiva europeia.

Vasco Cordeiro garantiu que o executivo açoriano vai analisar a questão, referindo que o caso destes professores tem de ser comparado com a situação no continente, mas também com a dos docentes que já trabalham no arquipélago.

Outro assunto abordado na audiência, em que esteve também o secretário regional da Educação, Avelino Meneses, foi o problema do insucesso escolar, que atinge nos Açores as taxas mais altas do país.

Tanto Vasco Cordeiro como José Pedro Gaspar destacaram que este é um problema "social", que não passa só pela escola e que não se resolve com "soluções mágicas".

No âmbito desta questão, o sindicato propôs o alargamento da carga horária semanal de Português e Matemática nos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, de modo a ser igual à que existe nas escolas do continente (nos Açores os alunos têm menos uma hora de aulas por semana em cada uma destas disciplinas).

Segundo Vasco Cordeiro, o Governo dos Açores vai analisar também esta proposta do SDPA.

A audiência foi pedida a Vasco Cordeiro pela direção do SDPA, que foi eleita recentemente.