Governo dos Açores diz que oposição tece “cenários dantescos” no turismo
10 de abr. de 2019, 17:05
— Lusa/AO Online
Ana
Cunha, que interveio no parlamento dos Açores, na Horta, no debate de
urgência sobre turismo e acessibilidades proposto pelo CDS-PP, declarou
que em 2018 desembarcaram nos aeroportos dos Açores 1,6 milhões de
passageiros, mais 711 mil do que em 2014, um acréscimo de 68%.A
titular da pasta dos Transportes referiu que nos voos territoriais
(entre a região e o continente português) houve um aumento de 336 mil
passageiros em 2014 para 745 mil em 2018, um crescimento de 122%.Segundo
a governante, este ano a “tendência de crescimento dos passageiros
desembarcados mantém-se”, tendo nos primeiros dois meses do ano
desembarcado mais 9.600 passageiros do que em igual período de 2018.Na
apresentação do debate de urgência, o deputado centrista Alonso Miguel
manifestou “preocupação com as acessibilidades e com o turismo” nas
ilhas do grupo Central, tendo em conta os resultados verificados na
Terceira: “Como é lógico, serve também de plataforma de captação de
turistas para as restantes ilhas” daquele grupo, afirmou.“Preocupa-nos
que a ilha Terceira tenha sido a ilha que menos cresceu no último verão
IATA [definido pela Associação Internacional de Transporte Aéreo] em
termos de passageiros desembarcados e que o aeroporto da Terceira tenha
sido o único na região a registar quebras nos meses de junho e julho de
2018, relativamente a 2017, com menos 1.155 passageiros em junho e menos
502 passageiros em julho”, declarou o parlamentar, que reivindicou a
adoção de medidas para inverter este cenário.O
social-democrata António Pedroso referiu no debate parlamentar que a
Delta Air Lines aumentou os voos internacionais de Nova Iorque para
Ponta Delgada este ano e, “mais uma vez, a Sata não consegue acordo
‘interline’ com esta companhia de forma a que os clientes possam chegar a
qualquer ilha dos Açores com as mesmas condições que chegam a São
Miguel”.Para o deputado do PSD/Açores, a
maioria dos turistas “não consegue sair de São Miguel, por “falta de
disponibilidade de lugares na Sata Air Açores”, uma vez que “todas as
outras ilhas com ‘gateways’ se queixam de que os lugares
disponibilizados não são suficientes para satisfazer a oferta de
alojamento nas respetivas ilhas, como é o caso do grupo Central”.O
parlamentar do PPM Paulo Estêvão aproveitou o debate para considerar
que "não é aceitável" que haja doentes que se pretendem deslocar ao
exterior da ilha do Corvo e não o possam fazer por falta de lugares na
Sata Air Açores, apontando o caso de um doente oncológico que tinha uma
consulta em Lisboa.