Governo dos Açores diz que há trabalhadores suficientes para escolas funcionarem
3 de set. de 2020, 07:08
— Lusa/AO Online
“O
Governo dos Açores tem vindo, quanto à carreira docente, como nas
restantes carreiras da administração pública regional, a dotar os
serviços com trabalhadores nos quadros necessários ao seu normal
funcionamento e, especificamente, no que se refere às escolas do sistema
educativo regional público”, garante a tutela, em nota de imprensa.A tomada de posição surge
depois de Sofia Ribeiro, candidata do PSD/Açores à Assembleia
Legislativa Regional, ter manifestado que a “redução
significativa da colocação de professores”, seja em regime de afetação,
seja de contratação, é uma das “grandes preocupações” dos
sociais-democratas."Não é possível
promovermos o sucesso escolar na região reduzindo o número de
professores", declarou, então à agência Lusa a número três da lista do
partido para as próximas eleições pelo círculo de São Miguel.A
antiga eurodeputada salientou que existe uma redução superior a 10% no
número de docentes colocados na região e que os Açores estão na "cauda
do país e da Europa no que concerne aos rácios na educação", alertando
para a "situação desumana" que se tem verificado na região no que diz
respeito ao "recurso sucessivo a professores contratados, violando uma
diretiva europeia".O Governo Regional, por
sua vez, esclarece que, “nos últimos anos, nos Açores, tem vindo a
diminuir o número de docentes contratados a termo resolutivo,
aumentando, no entanto, o número de docentes colocados nos quadros”.“Efetivamente,
na oferta de emprego para o ano escolar 2020/2021 foram abertas o
correspondente a menos 47 vagas, mas, em contrapartida, integraram os
quadros dos estabelecimentos de ensino do sistema educativo regional
público, a 01 de setembro de 2020, mais 122 docentes”, prossegue a nota.Este ano foram colocados 435 professores nos Açores a termo resolutivo, enquanto no ano letivo passado foram colocados 490.O
executivo refere que, “na legislatura que agora termina, ingressaram na
carreira cerca de 700 docentes, o que corresponde a cerca de 14% dos
docentes do quadro, cumprindo-se desta forma o “desiderato da segurança
no emprego”.