Governo dos Açores defende que evacuações médicas são responsabilidade do Estado
18 de jul. de 2024, 09:46
— Lusa/AO Online
“Farei
tudo para que o Estado olhe, de forma solidária, para as Forças
Armadas. Para que possamos ver esse trabalho, que há de ser um trabalho
de responsabilidade do Estado, designadamente a compensação financeira
ao esforço que as Forças Armadas fazem, em particular a Força Aérea, no
processo de evacuações”, afirmou José Manuel Bolieiro.O
presidente do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) falava à margem de
uma visita ao hospital de Ponta Delgada, após ter sido questionado pelos
jornalistas sobre as declarações do comandante da Zona Aérea dos Açores
na Comissão de Assuntos Sociais da Assembleia Regional.O Comandante da Zona Aérea dos Açores denunciou que o
Governo dos Açores deve, desde 2011, cerca de 8 milhões de euros à Força
Aérea devido às evacuações médicas.António
Moldão considerou ainda que existe um recurso excessivo da Força Aérea
para as evacuações médicas no arquipélago em detrimento da companhia
regional SATA.Em reação, Bolieiro destacou
as responsabilidades do Estado e reiterou que o atual Governo da
República tem demonstrado uma “abertura mais favorável às
reivindicações” da região.“O Estado deve
ser corresponsável, também, pela saúde. Portanto, o que é preciso é que
as Forças Armadas tenham - e eu fui um dos que participou no Conselho
Superior da Defesa Nacional - um robustecimento dos meios financeiros”,
declarou.O presidente do executivo
regional disse ainda estar “habituado a um legado de dificuldades”,
aludindo às anteriores governações regionais do PS, e disse estar
“disponível” para renegociar o contrato com a Força Aérea.“Estou
disponível para, num encontro de responsabilidades entre o Estado, a
região e a Força Aérea, encontrar soluções que não negligenciam as
expectativas de financiamento e de prestação de serviço”, assinalou,
realçando que devem “prevalecer as orientações de saúde e não a
logística”.