Governo dos Açores defende política "especial" de Bruxelas para as regiões ultraperiféricas
24 de mar. de 2023, 19:42
— Lusa
Pedro Faria e
Castro defende a “integração plena” das RUP, como os Açores e a Madeira,
no caso português, tendo-se congratulado com a aprovação, em sede de
comissão do Parlamento Europeu, do relatório sobre a nova estratégia da
Comissão Europeia para estas regiões.O
responsável político falava na abertura da sessão de reflexão relativa à
Nova Estratégia da Comissão Europeia para as Regiões Ultraperiféricas,
no Centro Histórico e Documental da Autonomia, no Palácio da Conceição,
em Ponta Delgada.Pedro Faria e Castro, que
foi o relator do Comité das Regiões do relatório sobre a nova
estratégia para as RUP, desenhada pela Comissão Europeia, espera que o
hemicíclo de Estrasburgo aprove o relatório por unanimidade, também em
plenário. Possuem RUP os Estados-membros
Portugal (Açores e Madeira), Espanha (Canárias) e França (Guiana
Francesa, Reunião, Martinica, Maiote e São Martinho).Pedro
Faria e Castro defende a necessidade de “salvaguardar o principio da
coesão e da continuidade territorial” com as RUP, bem como de promover a
conetividade e mobilidade, tendo ressalvado que, uma vez resolvido o
transporte marítimo e aéreo, “grande parte das questões das RUP ficam
resolvidas”, a par da materialização do digital.O
responsável político destacou a “dimensão geoestratégica impar que as
RUP dão à União Europeia”, o que constitui “uma valia para a União no
sistema internacional”.Em maio de 2022, a
Comissão Europeia adotou uma nova estratégia para as regiões
ultraperiféricas da União Europeia, casos da Madeira e dos Açores, com o
objetivo de desbloquear o seu potencial e melhorar a qualidade de vida
dos seus habitantes.A estratégia,
apresentada pela comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa
Ferreira, irá concentrar-se em cinco pilares: colocar as pessoas em
primeiro lugar, construir sobre os bens únicos de cada região e "apoiar
uma transformação económica sustentável, amiga do ambiente e neutra para
o clima, alicerçada numa transição verde e digital”.Os
pilares contemplam ainda “reforçar a cooperação regional com os países e
territórios vizinhos” e, por fim, “reforçar a parceria e diálogo com as
regiões ultraperiféricas”, designadamente através da intensificação da
participação destas regiões nos programas da UE. O
presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, manifestou na
altura “enorme satisfação” pela aprovação por parte da Comissão Europeia
da nova estratégia para as regiões ultraperiféricas, por dar
“prioridade” às pessoas, combater a pobreza e qualificar recursos
humanos.