Governo dos Açores cria juntas médicas para listas de espera
Covid-19
8 de nov. de 2021, 18:07
— Lusa/AO Online
“As
baixas médicas, nomeadamente as realizadas por delegados de saúde,
ficaram suspensas com a pandemia. No processo de retoma que estamos a
desenvolver, será ainda esta semana publicada a criação de novas juntas
médicas que permitam a recuperação de todo o tempo perdido”, observou
Clélio Meneses.O governante falava aos
jornalistas na Madalena, na ilha do Pico, onde o Governo Regional
realiza até terça-feira uma visita estatutária.A
propósito de uma notícia da Antena 1 que indica que “doentes
oncológicos com incapacidade superior a 60% estão a ser penalizados por
falta de juntas médicas”, Clélio Meneses explicou estar em causa uma lei
nacional.“O que se passa nos Açores
decorre de uma lei da Assembleia da República, que determinou que, para
os recém-diagnosticados doentes oncológicos, era atribuída 60% de
incapacidade. Estamos a cumprir com o determinado na Assembleia da
República”, observou.Questionado sobre o
prazo para recuperar o tempo de paragem decorrente da Covid-19, o
secretário regional notou que “há
muita gente em lista de espera para a realização de juntas médicas”.“É um processo complexo. Estamos a tomar todas as diligências para ultrapassar situação o mais brevemente possível”, afirmou.Depois
da reunião do Conselho de Governo realizada no domingo, o executivo
regional açoriano cumpre hoje o segundo dia de visita estatutária à ilha
do Pico.Durante a manhã, presidente do
governo e secretários regionais reuniram-se com o presidente e vereação
da Câmara da Madalena, e com os deputados regionais eleitos pelo Pico.Depois
do almoço, devido à chuva forte, foram canceladas as visitas previstas
ao concelho da Madalena “no âmbito do Furacão Lorenzo”, que passou no
arquipélago em 02 de outubro de 2019, provocando 255 ocorrências, que
obrigaram ao realojamento de 53 pessoas, provocando um prejuízo de 330
milhões de euros.Também no concelho da
Madalena, um dos três da ilha do Pico, realiza-se hoje a reunião do
Conselho de Governo e, na segunda-feira, o terceiro Fórum Autonómico,
com Luís Andrade, professor de Ciência Política da Universidade dos
Açores, como convidado deste espaço de reflexão sobre a autonomia dos
Açores.O especialista em relações
internacionais sucede assim ao economista Flávio Tiago, na Graciosa, e à
engenheira agrónoma Ana Soeiro, em São Jorge, como orador convidado do
Fórum Autonómico.“O Fórum Autonómico é um
espaço de reflexão sobre a autonomia e desafios da mesma em diferentes
áreas de intervenção, com impacto direto na sociedade, economia e
bem-estar dos cidadãos açorianos”, descreveu o executivo em nota de
imprensa.