Governo dos Açores “convicto” que decisões para a agricultura se vão manter com nova Comissão
29 de mai. de 2019, 08:25
— Lusa/AO Online
“Estamos convictos que as decisões já tomadas
em relação à manutenção do POSEI - Programa de Opções Específicas para o
Afastamento e a Insularidade nas Regiões Ultraperiféricas (RUP) e mesmo
em relação à nova Política Agrícola Comum (PAC) têm todas as condições
para se manter”, declarou João Ponte.O
titular da pasta da Agricultura do Governo dos Açores, que falava aos
jornalistas, foi hoje ouvido na Comissão de Economia do parlamento
açoriano sobre os rendimentos disponíveis para o setor, na sequência de
uma iniciativa parlamentar do PSD/Açores.O
governante referiu que em relação às questões que continuam em aberto
se vai “continuar a trabalhar na região junto das instâncias europeias e
do Governo da República para acautelar os interesses dos Açores”, sendo
os fundos comunitários uma “peça importante” para alavancar o setor. João
Ponte declarou que reuniu com a unidade de gestão do POSEI no âmbito
das propostas de alteração ao subprograma e que pretende avançar com as
medidas de revisão do programa específico das RUP até finais de julho,
sendo a proposta aprovada pela Comissão Europeia em dezembro.O
deputado social-democrata António Almeida, porta-voz do partido para a
Agricultura, também em declarações aos jornalistas, declarou que o
Governo Regional deveria promover uma “mudança de estratégia na
sequência da alteração do cenário da produção do leite” para fazer face à
“degradação do rendimento dos produtores”, já em 2015, com o final do
regime de quotas leiteiras.“O anúncio de
um plano estratégico para os laticínios dos Açores, a concluir até final
do ano, deveria ter acontecido há três ou quatro anos, uma vez que o
impacto do fim das quotas já era conhecido”, disse o parlamentar.Para
António Almeida, o setor dos laticínios enfrenta um “conjunto de
desafios que devem merecer o contributo de todos no pressuposto de não
ser tarde demais reorientar a indústria para novos mercados”, uma vez
que 85 a 90% dos produtos lácteos açorianos são canalizados para o
mercado continental.