Governo dos Açores compensa quebra de rendimentos por fecho de escolas
Covid-19
8 de jan. de 2021, 15:37
— Lusa/AO Online
“Qualquer
família, seja funcionário público, seja do privado, que tenha,
comprovadamente, quebra de rendimento será, obviamente, compensada nessa
diferença que, comprovadamente, tenha tido”, afirmou o
vice-presidente do Governo Regional, Artur Lima.O
centrista, que falava aos jornalistas depois de ter reunido com o
presidente da Câmara de Vila Franca do Campo, adiantou que a medida
também vai ser aplicada, “retroativamente à situação [da cerca
sanitária] de Rabo de Peixe” e que se destina apenas a um pai ou
encarregado de educação, que tenha ficado em casa para cuidar de
crianças até aos 12 anos, devido ao encerramento das escolas.Artur
Lima lembrou que, quando as escolas fecharam por todo o país, o apoio
criado pelo Governo da República “foi extensível aos Açores” e diz já
ter feito esforços para que o executivo nacional apoie a região, mas,
até agora, não obteve resposta.Caso a
República não avance com a compensação “o Governo regional vai fazer
isso, naturalmente, com as verbas disponíveis para isso”, garantiu.O
apoio “será efetivo, presumo, logo no final do mês, quando,
comprovadamente, as pessoas tiverem a prova de que perderam rendimento”,
explicou.No caso dos pagamentos
retroativos à população afetada pela cerca sanitária de Rabo de Peixe, o
vice-presidente do Governo Regional dos Açores espera ter os
formulários prontos já na próxima semana.Questionado
sobre a urgência das medidas, o responsável pela tutela da
Solidariedade Social afirmou que “aqui não há urgências”, concretizando
que “não há hoje ninguém com necessidade” porque “as pessoas receberam o
seu vencimento ainda há poucos dias”.“Nas
situações de emergência social, que é diferente, a disponibilidade da
Câmara Municipal é imediata, a da vice-presidência também”, prosseguiu.A
afirmação foi corroborada pelo presidente da Câmara Municipal de Vila
Franca do Campo, Ricardo Rodrigues, que garantiu que, “se estamos a
falar de pessoas com carências imediatas, podem vir à Câmara Municipal”.“Alimentos,
farmácia, água, luz, seja o que for, de imediato, a Câmara Municipal
está preparada para avançar, imediatamente com esse dinheiro. Depois,
apoios mais estruturados, (…) aqui socorrem-se do Governo regional e
essa cooperação que temos (…) facilitará, não só não duplicarmos apoios,
porque o dinheiro não é um poço sem fundo, mas também acompanharmos
mais diretamente a ação social dos cidadãos que são carenciados”,
afirmou o autarca socialista.A compensação
pela perda de rendimentos causada pelo encerramento de escolas tem sido
reivindicada por partidos como o PS e o BE, que pedem também outras
medidas, como a gratuitidade das creches.Sobre
a possibilidade de avançar com outros apoios, o vice-presidente
defendeu que “as medidas são, naturalmente, adaptativas e conforme as
necessidades das famílias”, adiantando que o Governo estará “atento
sempre às necessidades que as famílias possam ter”.