Governo dos Açores avança com projeto para orla costeira de São Roque do Pico
10 de nov. de 2021, 11:13
— Lusa/AO Online
Em declarações
aos jornalistas após uma reunião entre o Governo Regional e o presidente
e executivo da Câmara de São Roque do Pico, José Manuel Bolieiro disse
ter ficado clara a “prioridade” de avançar com a “proteção da orla
costeira e futuro ordenamento da baía”, devido ao “galgamento do mar”.“Em
2021, houve o compromisso de estudos. Foram feitos. Para 2022, fica a
garantia de um projeto para esse efeito e, após o projeto, de uma
candidatura na programação financeira [comunitária] para 2022 – 2027”,
descreveu o presidente do Governo Regional dos Açores.A
intenção do governante é, “compatibilizar, depois”, esta intervenção,
“otimizando toda a disponibilidade que a partir daí se vai gerar para o
porto comercial e, quiçá, para recreio”.“É
uma estratégia que, pensando a médio e longo prazo, assegura um
conjunto de soluções e oportunidades para resolver um risco grave que
hoje se vive, com o galgamento do mar”, justificou.O
projeto ainda vai ser elaborado, pelo que faltam detalhes sobre a obra,
mas, disse Bolieiro, “inevitável será o molhe e proteção à estrada
regional, que é confrontada com vários galgamentos na orla costeira”.Por agora, explicou, nada está previsto ao nível do porto comercial de São Roque do Pico.De
acordo com o presidente do Governo, a intervenção na orla costeira “é o
plano mais estratégico que pode ter efeitos multiplicadores”.O
presidente da Câmara de São Roque do Pico, Luís Filipe Silva, disse aos
jornalistas ter recebido do Governo o compromisso de ter, em 2022, “o
projeto executado para lançar obra no fim de 2022 ou início de 2023”.Relativamente
à área da habitação, José Manuel Bolieiro indicou que ficou também
definido com “prioritária para o desenvolvimento de São Roque do Pico a
necessária oferta habitacional para ajudar a fixar população e garantir
residência no concelho”.Da reunião na
Câmara Municipal, saiu o “compromisso de boa cooperação entre o Governo e
autarquia, para garantir, independentemente das necessidades sociais,
oportunidade para a classe média se fixar no concelho”, explicou o
presidente do Governo.Na área da Saúde,
ficou assegurada a “reabilitação do edificado” da unidade de cuidados
médicos locais, que tem problemas de “infiltrações”, bem como a aposta
nos recursos humanos.“Não deixámos de
falar também de outros assuntos comuns a toda a ilha, como os caminhos
agrícolas e a disponibilidade de água para consumo humano. O
investimento na água para consumo humano é da responsabilidade do
município, mas estamos abertos para cooperar no âmbito de candidaturas a
fundos comunitários”, indicou.