Governo dos Açores aumenta verbas no Orçamento para proteção civil e bombeiros
23 de mai. de 2024, 15:59
— Lusa/AO Online
“A proteção civil assume-se
cada vez mais como um fator decisivo na segurança e bem-estar da
população, sendo uma área de intervenção prioritária para o Governo
Regional, razão pela qual o plano de investimentos referente ao Serviço
Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores ascende a 12,2 milhões
de euros em 2024, refletindo um aumento de 13,2% face a 2023”, disse o
secretário regional do Ambiente e Ação Climática, que também tem a pasta
da proteção civil.Segundo Alonso Miguel,
“manter um Serviço Regional de Bombeiros e Proteção Civil capacitado,
disciplinado e rigoroso, é essencial para evitar a perda de vidas
humanas, proteger os bens e contribuir para a preservação da segurança
individual e coletiva”.O governante, que
falava no parlamento regional, no terceiro dia do debate sobre o Plano e
Orçamento para 2024, referiu que no incêndio que atingiu o hospital de
Ponta Delgada ficou bem demonstrada “toda a determinação, formação e
competência” do sistema de proteção civil, com especial ênfase para os
bombeiros.“Neste contexto, continuaremos a
apostar na valorização da atividade dos bombeiros e na melhoria do
funcionamento das associações humanitárias, em diversos domínios, desde
logo na capacitação e apetrechamento dos nossos bombeiros com
equipamentos individuais e coletivos”, referiu.No
âmbito da renovação das frotas de veículos das corporações, está
adjudicada a aquisição de nove “viaturas vermelhas” e de um “reboque
multi-vítimas”, num investimento de 3,4 milhões de euros, e o executivo
tenciona lançar este ano novos concursos para compra de mais cinco
“viaturas vermelhas” e nove ambulâncias de socorro.Segundo
Alonso Miguel, o Orçamento contempla também um investimento na
emergência médica pré-hospitalar superior a 6,6 milhões de euros, “para
garantir o transporte terrestre e marítimo de emergência e o
funcionamento das SIV [ambulâncias de Suporte Imediato de Vida] na
região”.Este ano, o executivo açoriano
pretende ainda implementar o modelo de financiamento das associações
humanitárias e “efetivar um Estatuto Social do Bombeiro digno e
adequado”, disse.Na área do ambiente, o
governante reafirmou o compromisso de “assegurar o desenvolvimento
sustentável da região”, a preservação do “extraordinário património
natural e a mitigação e adaptação aos efeitos das alterações
climáticas”.Durante o debate, o último temático por área governamental, foram feitas várias intervenções.O
deputado do PAN, Pedro Neves, questionou sobre o roteiro da
naturalidade carbónica e valorizou a aposta na melhoria dos equipamentos
e instalações dos bombeiros. Sobre as propostas para a dignificação da
carreira, considerou que o prometido é “muito poucochinho”.José Pacheco (Chega) disse que o partido estava feliz “porque o primeiro camião dos bombeiros já foi entregue na Graciosa”.“Estamos numa região sísmica, se temos que ter prioridades têm que ser com os bombeiros”, disse.A
socialista Joana Pombo Tavares centrou a intervenção na vertente
ambiental e observou que se assiste a “um atraso na resposta aos
açorianos para a resolução dos seus problemas, com atrasos de muitos
meses naquilo que é o pagamento do Fundo de Emergência Climática”.“O
que nos apresenta o Governo Regional […] é um desinvestimento na área
dos recursos hídricos, ao contrário do que era anunciado”, apontou.O
Plano e o Orçamento dos Açores para 2024, com um valor de 2.045,5
milhões de euros, semelhante ao apresentado em outubro de 2023 (2.036,7
milhões), começou na terça-feira a ser debatido no plenário da
Assembleia Legislativa Regional, na Horta.