Governo dos Açores aprova recuperação do tempo de serviço dos professores
8 de jan. de 2019, 17:06
— Lusa/AO Online
"Esta recuperação
será concretizada de forma faseada e constante, em seis anos, sem
qualquer condicionante ou restrição orçamental, devendo iniciar-se no
dia 1 de setembro de 2019", adiantou, em Angra do Heroísmo, o secretário
regional adjunto da Presidência para os Assuntos Parlamentares, Berto
Messias, na leitura do comunicado do Conselho de Governo, reunido na
segunda-feira, em Ponta Delgada.Segundo
Berto Messias, o ritmo de recuperação do tempo de serviço “poderá ser
antecipado em função do número de docentes que se aposentem no ano
anterior”. “Desta
forma, evitamos que os professores dos Açores fiquem sujeitos a um
processo nacional que continua cheio de indefinições e omissões,
implementando uma solução açoriana, definida e trabalhada pelos órgãos
de governo próprio dos Açores, estável e segura”, salientou o
governante.O
presidente do executivo açoriano, Vasco Cordeiro, tinha anunciado, na Assembleia Legislativa da Região, que iria dar indicações
para a abertura de negociações com os sindicatos dos docentes para a
recuperação integral do tempo de carreira congelado (sete anos no caso
dos Açores). O
Governo Regional remetia a decisão da recuperação do tempo de serviço
dos professores para a solução encontrada no continente, mas face à
aprovação de uma proposta na Assembleia da República para que fosse
reaberto o processo negocial, o executivo açoriano tomou uma posição
diferente.O
secretário regional da Educação e Cultura, Avelino Meneses, reuniu-se
com o Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA) a 10 de dezembro
e com o Sindicato Democrático dos Professores dos Açores (SDPA) a 11 de
dezembro e a 04 de janeiro.Os
sindicatos defendiam a recuperação do tempo de serviço em cinco anos,
em vez de seis, mas o governante com a tutela da Educação disse, no
final das negociações, que o executivo não podia ir “além do período”
estabelecido, por uma “questão de equilíbrio e de boa gestão das contas
públicas”.Tal
como Avelino Meneses, o secretário adjunto da Presidência para os
Assuntos Parlamentares recusou hoje revelar o montante previsto para a
aplicação desta medida.“Varia
tendo em conta o que pode acontecer anualmente, tendo em conta o número
de professores que se podem vir a aposentar, tendo em conta o número de
professores que podem ser necessários nas escolas e, portanto, não é
possível neste momento avançar um número que contabilize, porque esse
número nesse momento não existe”, frisou.Berto
Messias salientou, no entanto, que o valor desta medida “nunca foi uma
questão” para o Governo Regional, que quis apenas “garantir que os
professores continuavam a ter uma carreira mais vantajosa e melhor do
que a carreira docente do resto do país”. “Não
sendo possível referir especificamente esse número neste momento, essa
não é para o Governo dos Açores é uma matéria de grande relevância”,
sublinhou.