Governo dos Açores apela aos caçadores para colaborarem na recolha de amostras em coelhos-bravos
5 de dez. de 2018, 15:53
— Lusa/AO Online
“Uma
vez que o impacto da DHV sobre a abundância de coelho-bravo tem sido
diferente de ilha para ilha e, em alguns casos, entre diferentes zonas
da mesma ilha, esta iniciativa é essencial para uma gestão cinegética
que se pretende cuidada e ajustada à realidade regional”, sublinha uma
nota enviada às redações.De
acordo com a secretaria regional da Agricultura e Florestas, esta
quarta recolha de amostras de coelho-bravo durante a caça permite
avaliar a evolução de uma resposta imunitária adaptativa à doença e
assim dar continuidade ao estudo sobre a forma como a DHV está a afetar
as populações de coelho-bravo nos Açores.Na
ilha de São Miguel, a recolha de amostras de coelho-bravo decorre no
domingo, entre as 10 horas e as 14 horas, no caminho do Sanguinhal, em Vila
Franca do Campo, e Miradouro de Santa Iria, na Ribeira Grande, lê-se na
nota divulgada pelo Governo dos Açores, indicando que, na Graciosa, a
recolha realiza-se de dia 11 a dia 14, enquanto na Terceira terá lugar
nos dias 15 e 16.O
programa de monitorização do impacto da nova variante da DHV nas
populações de coelho-bravo nos Açores foi implementado em 2015 pela
Direção Regional dos Recursos Florestais, em colaboração do Centro de
Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do
Porto (CIBIO-UP).Segundo
a secretaria regional da Agricultura e Florestas, "a nova variante do
vírus da Doença Hemorrágica Viral, identificada em França em 2010 e que,
em 2012/13, desencadeou um surto no continente português com uma
elevada taxa de mortalidade, chegou aos Açores em novembro de 2014,
tendo sido a ilha Graciosa a primeira a ser afetada".