Governo dos Açores anuncia requalificação da mata-jardim da Lagoa do Congro
13 de jul. de 2022, 08:49
— Lusa/AO Online
Em comunicado, a
Secretaria do Ambiente e Alterações Climáticas refere que a
requalificação daquela mata-jardim, na ilha de São Miguel, pretende
“valorizar o potencial lúdico e ecológico” do espaço.“Esta
requalificação assenta em três componentes distintas, sendo que a
primeira intervenção incidirá sobre a vegetação da mata ajardinada, com o
controlo de espécies invasoras e a plantação de espécies endémicas e
nativas, e com ações de proteção de exemplares de espécies ornamentais,
outrora introduzidas por José do Canto", afirma o secretário regional,
Alonso Miguel, citado na nota de imprensa.O
Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) adianta que vão ainda ser removidos
os “exemplares arbóreos que se encontram em mau estado fitossanitário” e
que, durante a intervenção, vão ser “apenas utilizados métodos
manuais”.“Os trabalhos serão acompanhados
por técnicos especializados, estando prevista a plantação progressiva de
espécies endémicas, de forma a recuperar esta magnífica paisagem
açoriana, cheia de simbolismo para os micaelenses”, indica o executivo
açoriano.A segunda intervenção prevê a
“criação de um parque de estacionamento gratuito” com capacidade para 32
viaturas e seis bicicletas e que, segundo o Governo Regional, terá o
“mínimo de impacto possível na paisagem”.Na
nota, o executivo açoriano realça que as “duas intervenções representam
um investimento de cerca de 140 mil euros” e “deverão ficar concluídas
até ao final do presente ano”.Em “fase de
conclusão de projeto” estará “uma terceira intervenção para beneficiação
do percurso pedonal, através da instalação de uma rede de drenagem de
águas pluviais”, da “melhoria das áreas de usufruto” e da “instalação de
sinalética de apoio à visitação”, lê-se ainda no comunicado.Em 2021, o parlamento dos Açores discutiu uma petição, criada em 2019, que reivindicava a requalificação daquela mata-jardim.A
mata-jardim da Lagoa do Congro foi construída no século XIX por José do
Canto, empresário e botânico micaelense que introduziu mais de seis mil
espécies de plantas e árvores no arquipélago.