Governo dos Açores admite regularizar trabalhadores precários na área da cultura
11 de out. de 2022, 17:48
— Lusa/AO Online
“No
setor da cultura, desde que constituímos Governo, já regularizámos e
abrimos lugares para a entrada nos quadros de 56 trabalhadores”, disse a
governante, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita
estatutária que o Governo está a efetuar à ilha do Pico, admitindo agora
regularizar os restantes casos, “consoante a necessidade dos serviços”.Um
grupo de 73 trabalhadores precários, que desempenha funções nas
bibliotecas e museus do arquipélago, enviou uma carta aberta ao
chefe do executivo açoriano, José Manuel Bolieiro, a manifestar
preocupação com a aproximação da data de conclusão dos contratos de
trabalho e a eventualidade de poderem ficar sem emprego até ao final do
ano.“Estamos a desempenhar funções de
caráter permanente, trabalhamos fora de horas, ao fim-de-semana, não
temos férias, picamos ponto e se formos para a rua, sem nós grande parte
do trabalho não vai ser realizado”, pode ler-se na carta hoje
divulgada, que termina com em forma de apelo: “Temos filhos, temos
famílias, temos contas para pagar e comida para pôr na mesa”.Sofia
Ribeiro diz que esta situação “traduz” a “pesada herança” de
precariedade que o atual governo de coligação (PSD, CDS-PP e PPM),
liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, herdou do anterior
executivo socialista, que era presidido pelo socialista Vasco Cordeiro.“Este
processo vai continuar a ser analisado como tem de ser analisado
qualquer processo de integração e regularização na administração
pública. Tem de ser visto sempre em função das necessidades dos museus,
das nossas bibliotecas, mas tem sido feito um grande trabalho de
integração massiva de trabalhadores nesses serviços, desde que estamos
no Governo”, insistiu a governante.