Governo dos Açores admite que questão das taxas aduaneiras americanas é "delicada"
8 de out. de 2019, 08:12
— Lusa/AO Online
“Face à decisão da
administração norte-americana de aplicar aumentos nas taxas e tarifas
aduaneiras a vários produtos europeus, importa, no quadro bilateral e da
União Europeia, que sejam empreendidas medidas que permitam negociar
isenções para os produtos açorianos, dado o pouco impacto que têm no
mercado dos EUA”, frisou o governante com a tutela da Agricultura do
executivo açoriano, João Ponte. Citado
em nota de imprensa, o secretário regional admite que "esta é uma
matéria delicada, que carece do envolvimento de várias entidades e de um
trabalho que está a ser feito, mas que, muitas vezes, não é do domínio
público". O Governo Regional dos Açores
diz estar, desde maio, a desenvolver diligências junto do Governo da
República para que sejam empreendidas medidas que permitam a negociação
de isenções para os queijos e produtos lácteos exportados para os EUA.Os
parlamentares do PSD/Açores questionarem o Governo Regional sobre
se avaliou o impacto no queijo de São Jorge das novas taxas aduaneiras
criadas nos Estados Unidos e que medidas vai adotar para as minimizar. Em
requerimento enviado à mesa do parlamento dos Açores, os deputados
António Almeida e António Pedroso consideram, citados em nota de
imprensa, que as novas taxas aduaneiras norte-americanas sobre produtos
da Europa fazem com que os laticínios dos Açores “possam ser um dos
setores mais afetados com as medidas impostas, perturbando o processo de
internacionalização”.A Organização
Mundial do Comércio (OMC) autorizou os Estados Unidos a aplicar tarifas
adicionais de 7,5 mil milhões de dólares (quase sete mil milhões de
euros) a produtos europeus, em retaliação pelas ajudas da União Europeia
à fabricante francesa de aeronaves, a Airbus.Logo
após a divulgação da decisão da OMC, os Estados Unidos fizeram saber
que vão impor tarifas punitivas a produtos da UE a partir de 18 de
outubro.