Governo dos Açores admite necessidade de médicos e equipamentos no hospital da Terceira
12 de nov. de 2024, 09:52
— Lusa/AO Online
“A
região tem de trabalhar outras condições de atractibilidade para
profissionais de saúde. O serviço de imagiologia é claramente um exemplo
de um serviço desfalcado no Hospital de Santo Espírito da Ilha
Terceira”, afirmou, em declarações aos jornalistas, a titular da pasta
da Saúde, Mónica Seidi.A
governante visitou o serviço de imagiologia do Hospital de Santo
Espírito da Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo, onde foi feito
recentemente um ‘upgrade’ ao equipamento de ressonância magnética, “num
valor superior a meio milhão de euros”, com fundos do Plano de
Recuperação e Resiliência (PRR).O
investimento soma-se à aquisição de equipamentos de raio-x e de
ecografia e tomografia computorizada (TAC), também financiados pelo PRR.“O serviço de imagiologia foi contemplado com investimentos superiores a dois milhões de euros”, frisou Mónica Seidi.Aquando
da inauguração dos novos equipamentos, em fevereiro de 2023, o então
secretário regional da Saúde, Clélio Meneses, anunciou a
abertura de procedimentos para a contratação de mais dois imagiologistas
para o hospital.Questionada sobre se
a falta de pessoal no serviço estava colmatada, Mónica Seidi disse que o
problema não estava resolvido, alegando que “abrir vagas não é a
solução”.“Felizmente, temos tido a
colaboração de colegas que vêm cá em áreas mais específicas e que dão
resposta do ponto de vista da oncologia, da neurorradiologia, até mesmo
com recurso à telemedicina, mas efetivamente é um problema que tem de
ser colmatado”, adiantou.A solução do
executivo passa por tornar a carreira médica nos Açores mais atrativa,
com a implementação de incentivos à fixação, a adoção de um regime de
dedicação plena, a partir de 2025, e a avaliação de desempenho da
carreira médica, a breve prazo.Na visita ao serviço de imagiologia, a governante ouviu também um pedido de substituição do mamógrafo, que tem já 16 anos.“Certamente
será um pedido que terá de ter resposta, na medida que estamos a falar
de um mamógrafo que dá apoio também ao centro de oncologia”, assegurou,
quando questionada pelos jornalistas.Mónica
Seidi disse que “esta necessidade estava já identificada na plataforma
centralizada da direção regional da Saúde”, mas “não tinha a prioridade
muito urgente”, o que será agora revisto.A
titular da pasta da Saúde lembrou que já foi
substituído o mamógrafo do Centro de Oncologia dos Açores (COA) e alegou
que “houve um claro desinvestimento do ponto de vista dos equipamentos
do Serviço Regional de Saúde”.Segundo a
governante, o equipamento de ressonância magnética do Hospital da Ilha
Terceira tinha mais de 10 anos e estava desatualizado, mas com o
‘upgrade’ realizado, “está na vanguarda da tecnologia”, permitindo “a
realização de mais exames no mesmo espaço de tempo, comparativamente ao
anterior”.