Governo dos Açores aberto ao “diálogo construtivo” com todas as forças políticas
24 de mai. de 2024, 09:21
— Lusa/AO Online
“A
votação destes documentos [Plano e Orçamento] permitirá, estamos
convictos, finalmente, dar início a uma nova etapa da governação dos
Açores. Uma etapa que propõe consistência e assertividade nos objetivos,
sequente de prévia definição e implementação de políticas públicas com
boa demonstração de resultados”, afirmou o social-democrata José Manuel
Bolieiro.O líder do Governo dos Açores
falava no parlamento regional, na Horta, no terceiro dia do debate
sobre o Plano e Orçamento para 2024, após as intervenções finais dos
partidos.Segundo José Manuel Bolieiro, o tempo atual “requer estabilidade".“Estabilidade
política, que favoreça e facilite a estabilidade social e a
estabilidade laboral, das quais os cidadãos, as suas instituições e as
suas empresas necessitam para a criação de riqueza e de caminhos de
progresso e de desenvolvimento dos Açores”, disse.Por
isso, acrescentou, o Governo Regional está aberto “ao diálogo
construtivo com todas as forças políticas” e trabalhará, como já
acontece, “com aquelas que demonstrem disponibilidade para fazer parte
da solução e que não se fiquem, apenas, pela reclamação inconsequente ou
pela obstaculização paralisante”.No seu
discurso, o líder do executivo açoriano salientou também que “a
responsabilidade parlamentar é, agora, de dotar a região autónoma dos
documentos de planeamento, essenciais à previsibilidade e à orientação
da despesa pública, destinada a investir” no desenvolvimento, nos termos
do programa do governo aprovado.“É tempo
de findar o tempo financeiro do duodécimo e começar o tempo financeiro
estável, adaptado às necessidades e ambições" do desenvolvimento
coletivo, acrescentou, alegando que “os responsáveis pelo regime
duodecimal vigente têm, agora, a oportunidade de o fazer terminar”, como
“é do interesse dos Açores e dos açorianos”.Para
José Manuel Bolieiro, também é tempo de “descontinuar a interrupção da
onda de progresso, programada e esperada” pelos trabalhadores da
administração pública regional autónoma, pela economia, pelas famílias,
pelos jovens, pelos idosos, pelos doentes e pelos empreendedores.O
chefe do executivo referiu igualmente que será dado início a um ciclo
de governação (2024-2028) que tem como prioridade as pessoas e as
famílias, uma governação reformista, conhecedora e experiente, de
diálogo, que promove a qualificação dos cidadãos como elevador social e
que cria condições para o fortalecimento do tecido empresarial regional.“Queremos
ser uma região prestigiada na Europa e no mundo, reconhecida pela sua
singularidade, qualidade de vida e excelência em áreas estratégicas como
o turismo, a agricultura sustentável, a economia do mar, a conservação
do ambiente, as energias renováveis ou a inovação tecnológica”, afirmou.José
Manuel Bolieiro deixou ainda o desejo de apresentar os Açores “como
exemplo de desenvolvimento sustentável e inovador, construindo parcerias
estratégicas, no contexto da União Europeia e no espaço atlântico”.O
Plano e o Orçamento dos Açores para 2024, com um valor de 2.045,5
milhões de euros, semelhante ao apresentado em outubro de 2023 (2.036,7
milhões), começou na terça-feira a ser debatido no plenário da
Assembleia Legislativa Regional, na Horta.