Governo diz que “nada impede” que municípios façam gestão da água
15 de nov. de 2018, 19:00
— Lusa/AO online
O
socialista Vasco Cordeiro, que falava aos jornalistas no concelho de
Nordeste, no segundo dia da visita de trabalho que efetua a São Miguel,
referiu que o seu executivo tem vindo a intervir na captação e
disponibilização da água na componente agrícola, sendo que na componente
de abastecimento às populações "a responsabilidade é municipal”. O
presidente da Associação de Municípios da llha de São Miguel (AMISM),
José Manuel Bolieiro, defendeu na quarta-feira que a gestão da água deve
ser feita tendo em conta “a realidade de ilha, mais que a realidade
municipal, na gestão em alta da água”.O
também presidente da Câmara de Ponta Delgada (PSD) sugere a elaboração
de uma estratégia em que “a região tem que se envolver com os
municípios”, garantindo que os autarcas estão “disponíveis para cooperar
e reorganizar a gestão da água”.Vasco
Cordeiro, que salvaguardou “reconhecer muito mérito” nesta preocupação
dos autarcas de São Miguel, considerou que “este é um dos elementos em
que a valorização da realidade de ilha pode ser muito útil para as
populações e seu benefício”.“O
Governo Regional está pronto e disponível para analisar em parceria com
os municípios, naquela que é a sua responsabilidade de abastecimento de
água, na perspetiva da sua captação e responsabilização, em procurar
uma solução que possa servir melhor as populações”, declarou o líder do
executivo açoriano.O
presidente do executivo regional revelou também, por outro lado, que o
seu governo, em 2018, já monitorizou mais de 620 quilómetros de ribeiras
na perspetiva de avaliação de eventuais perigos que possam oferecer
para as pessoas e seus bens, o que equivale à distância entre as ilhas
de Santa Maria e Corvo, nos dois extremos do arquipélago.Também
180 bacias hidrográficas foram avaliadas na perspetiva do risco que
possam eventualmente oferecer, segundo Vasco Cordeiro, que adiantou que,
na sequência de uma série de medidas desenvolvidas pelo executivo -
como a bacia de retenção que visitou hoje no Nordeste - pela primeira
vez desde que existe o relatório sobre o estado das ribeiras nos Açores
(2012), em 2017 e 2018 ocorreram “menos situações”.