Governo diz estar “à espera das propostas do PS” e não exclui ninguém das negociações
OE2025
11 de set. de 2024, 16:58
— Lusa/AO Online
“Exclui-se
quem se quiser excluir, não é o Governo que está a excluir ninguém”,
afirmou António Leitão Amaro, na conferência de imprensa do Conselho de
Ministros, questionado sobre as posições do Chega neste processo. Já
sobre o PS, o ministro da Presidência reiterou a visão do ministro dos
Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, transmitida na terça-feira, de que
“a bola está do lado do PS” nos próximos passos da negociação Orçamento
do Estado para 2025.“Nós estamos à
espera, o PS pediu tempo - tempo que ainda não passou - pediu tempo para
preparar ou apresentar propostas, nós estamos à espera do PS e das
propostas do PS, tal como outros partidos nos disseram que fariam chegar
documentos escritos”, afirmou.Leitão Amaro frisou que, até agora, “todos os partidos apresentaram alguns contributos e ideias, exceto o Partido Socialista”.“Respeitamos
a sua opção, mas estamos à espera. A bola, por isso, está do lado do
Partido Socialista e quando passar o prazo - que não passou - quando
passar o tempo que o PS pediu, a pausa que o PS pediu, o Governo espera
poder receber e contactará para receber, para saber o que é que vem
dessa bola que o PS agora tem nas suas mãos”, afirmou.A
líder parlamentar socialista afirmou hoje que o PS aguarda o contacto
do Governo para uma nova reunião sobre o orçamento e que só nesse
encontro serão apresentadas propostas, assegurando que o partido mantém a
mesma postura desde julho.Alexandra
leitão referiu que aquilo que ficou acordado foi que o seu partido “em
cerca de 48 horas estará preparado” e a partir daí aguarda “um convite
para uma nova reunião” e que, sem essa marcação, não vai enviar
propostas.O ministro da Presidência
insistiu - para que “não já dúvidas para o PS e para todos os outros
partidos” -, que “o Governo entende que a prioridade é o país ter um
orçamento”.“Para isso, estamos
profundamente comprometidos em construir compromissos com todos aqueles
que estejam interessados em construir um compromisso”, disse, repetindo a
disponibilidade do Governo para negociar as suas próprias propostas,
“incluindo no domínio do IRC, incluindo no domínio do IRS”.Já
sobre a posição do líder do Chega, que reiterou hoje que o seu partido
“está fora das negociações” do próximo Orçamento do Estado porque o
Governo continua a negociar com o PS, Leitão Amaro respondeu que “o
Governo está aberto ao diálogo com todos, todos e todos”.“Excluem-se
das negociações os partidos que se excluem das negociações”, disse,
referindo que, desde o início, PCP e BE disseram que iriam votar contra o
documento e que se autoexcluíram “do detalhe e da negociação”.Leitão
Amaro recordou que o Governo forneceu na quarta-feira aos partidos, com
mais antecedência do que é habitual, o cenário macroeconómico que
enquadra o próximo Orçamento e já fez duas rondas de negociações com
toda a oposição.“O Governo está disponível
para ouvir e negociar com todos. Exclui-se quem se quiser excluir. Não é
o Governo que está a excluir ninguém”, reforçou.