Governo disponibiliza mais 23 ME para evitar erosão e destruição dos solos
16 de nov. de 2017, 09:57
— Lusa/AO online
Com
esta verba, cujo concurso vai abrir na quinta-feira, o Governo
disponibiliza um apoio total de 89 milhões de euros para medidas de
estabilização de emergência, que têm como objetivo evitar a degradação
dos solos, declarou o ministro Luís Capoulas Santos.No
âmbito de uma reunião extraordinária do Conselho Florestal Nacional,
que decorreu em Lisboa com todas as entidades públicas e privadas que
interagem no setor florestal, o governante indicou que esta verba
destina-se ao “financiamento das organizações de produtores florestais
ou das autarquias locais para proceder à chamada estabilização de
emergência nos locais que se revelem de maior risco de erosão ou que
possam causar derrocadas nas estradas”.Em
relação às zonas de maior risco, Capoulas Santos lembrou que “arderam
mais de 400 mil hectares”, pelo que é necessário “proceder a um
exaustivo trabalho no terreno de identificação das zonas declivosas que
representam maior perigo de erosão, maior perigo de contaminação das
linhas de água e que necessitam de resposta mais urgente em termos de
proteção dos cidadãos, já que algumas dessas ravinas são adjacentes a
caminhos públicos, a estradas e é necessário proceder a obras que evitem
derrocadas que possam vir a pôr em causa a vida de pessoas”.Questionado
sobre a proposta do PSD para que a Comissão Técnica Independente que
analisou os incêndios de Pedrógão Grande elabore novo relatório, desta
vez sobre os fogos de 15 de outubro, o ministro afirmou que “é uma
responsabilidade que é do parlamento”.“Pessoalmente, não tenho nada a opor”, adiantou.A
reunião extraordinária, que contou com a presença do ministro da
Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, o secretário de Estado
das Florestas e do Desenvolvimento Rural e o ministro da Administração
Interna, teve como ponto único a auscultação do Conselho Florestal
Nacional relativamente à reforma da floresta e da proteção civil.Para
o ministro da Agricultura, a implementação da reforma da floresta só
terá sucesso se existir a “cooperação de todos os envolvidos”, pelo que
ficou decidido haver reuniões periódicas do Conselho Florestal Nacional
para “proceder, regulamentarmente, à avaliação da implementação da
reforma da floresta”.A
reforma da floresta do atual Governo incluía 12 diplomas, dos quais
apenas um foi rejeitado pela Assembleia da República, que se destinava à
criação do Banco Nacional de Terras.Das
11 propostas aprovadas para a reforma da floresta, duas ainda aguardam a
entrada em vigor: o regime jurídico de arborização e rearborização, que
arranca em fevereiro, e os benefícios fiscais para entidades de gestão
florestal, que começam em janeiro.