Autor: LUSA/AO Online
Segundo disse à Lusa Luís Capoulas Santos, no encontro em Tallin,
capital da Estónia, haverá um “debate preliminar sobre o futuro da PAC”,
sobretudo como esta enquadrará “as questões das crises e riscos na
agricultura”, como as secas ou crises de mercado (como do leite), para
ir conhecendo o posicionamento de cada país. Os ministros dos 28
Estados-membros estão já a começar a debater o futuro da PAC pós-2020,
nomeadamente o envelope financeiro e o novo quadro de regras, sendo
esperado que a Comissão Europeia apresente até final do ano o primeiro
documento de orientação. O Governo português já mostrou
publicamente que se opõe a uma redução do orçamento da PAC e, em
declarações à Lusa, o ministro voltou a referir que o dinheiro destinado
a esta política europeia tem de se “manter adequado às necessidades do
setor”. O ministro irá ainda defender, na reunião em Tallin, a
continuação do mecanismo de convergência das ajudas, uma vez que ainda
ahá discrepâncias entre Estados-membros, e a necessidade de a PAC apoiar
a modernização do setor e o apoio ao regadio. O Governo
constituiu, já este ano, um grupo de acompanhamento para ajudar a
definir as posições de Portugal na negociação sobre o futuro da PAC, que
conta com peritos do meio académico. Há ainda uma comissão constituída
pela estruturas mais representativas do setor. A reunião dos
ministros da Agricultura irá ainda debater a crise dos ovos contaminados
com o pesticida tóxico fipronil, nomeadamente as causas e como os
Estados-membros afetados estão a lidar com o problema. “Esta
[questão] é mais lateral para Portugal, a indústria comportou-se como
deve ser, todos os controlos e análises não nos levam a estar
preocupados”, disse. A reunião dos ministros da Agricultura
decorre em Tallin, uma vez que é a Estónia que assume transitoriamente a
presidência rotativa do Conselho da União Europeia.